quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Correios deflagram greve após assembleia no Recife

Do NE10

Em assembleia realizada na noite desta terça-feira (18) no Recife, os servidores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) em Pernambuco uniram-se ao movimento nacional e deflagraram greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (19). A categoria reivindica a contratação de novos funcionários, reposição salarial e mais segurança nas agências.
Dos 3.500 trabalhadores em Pernambuco, cerca de 80% da área operacional (carteiros, atendentes e operadores de transporte) devem cruzar os braços. Da área administrativa, a paralisação chega a 30%. De acordo com Hálisson Tenório, presidente do Sintect-PE (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos), as agências do interior prometem aderir à greve com mais força do que no Grande Recife.
"Adiamos a paralisação em uma semana para tentar negociar com o Governo. Mas eles entraram com uma ação no Tribunal Superior do Trabalho e não nos restou outra alternativa senão deflagrar a greve", disse o presidente.
Nesta quarta-feira pela manhã, serão realizados piquetes nas agências e no Centro de Distribuição Domiciliar com o intuito de persuadir os trabalhadores que não pararam o serviço. "Não vamos barrá-los, apenas conversaremos com eles", garante Hálisson. Às 10h30, o Comando Nacional de Trabalhadores tem agendado um encontro no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, para tentar reabrir a negociação. No final da tarde, com o novo posicionamento do Governo Federal, uma nova assembleia está marcada para acontecer no Recife.
A entrega domiciliar de correspondências será o serviço mais afetado com a greve, seguido pela triagem das encomendas que chegam via avião e caminhão.
REIVINDICAÇÃO - Os trabalhadores cobram rejuste salarial de 43% referentes ao acúmulo da inflação desde o governo Collor. O percentual baixou para 10,2% no intuito de acelerar a negociação, mas o Governo Federal, que oferecia 3%, só chegou a 5,2%. Com piso atualmente em R$ 945, os funcionários pedem ainda incorporação de R$ 200 mensais. Outra reclamação é a falta de segurança nas agências. A categoria pede portas detectoras de metal e vigilância armada, como nos bancos, já que as unidades fazem movimentação financeira.

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