sábado, 24 de agosto de 2013

ESTALEIRO - Dragão do Mar ganha as águas do Atlântico

PE247 - O Dragão do Mar, terceiro petroleiro produzido em Pernambuco pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), foi lançado ao mar nesta sexta-feira (23). O batismo do navio e o lançamento ao mar é a penúltima fase até a sua entrega definitiva para o armador. A expectativa é de que a embarcação, que possui 274,20 metros de comprimento e 157,7 mil toneladas de porte bruto (TPB), tenha todos os seus ajustes e teses concluídos até o final deste ano. O lançamento do Dragão do Mar, que poderá transportar até um milhão de barris de petróleo,  aparentemente marca uma nova etapa na curva de produção do EAS, com o fim dos atrasos que marcaram a entrega dos petroleiros João Cândido e Zumbi dos Palmares.

As embarcações fazem parte de uma encomenda feita pela Transpetro, braço logístico da Petrobras, que totaliza 49 navios e integram O Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), do Governo Federal. A produção foi loteada entre vários estaleiros nacionais e o EAS ficou responsável pela construção de 22 embarcações. Além dos petroleiros que est~çao contratados junto ao EAS, um  outro estaleiro pernambucano, o Vard Promar,  também está responsável pela construção de oito navios do tipo gaseiro, voltado para o transporte de gás liquefeito de petróleo (GLP). Os investimentos programados pela Transpetro para a renovação da frota da estatal somam R$ 10,8 bilhões.

A saída do Dragão do Mar do dique seco é considerada um marco para minimizar os problemas enfrentados pelo EAS. O primeiro navio, o João Cândido, registrou um atraso de dois anos em seu cronograma de entrega e o índice de retrabalho chegou a 40%. Já o Zumbi dos Palmares teve um atraso significativamente menor, de apenas 23 dias, e o retrabalho foi de 12%. A expectativa é de que o terceiro petroleiro seja concluído definitivamente dentro do prazo acordado com a Transpetro e que o índice de retrabalho não ultrapasse os 3%.

A etapa seguinte após a embarcação ser lançada ao mar consiste na execução dos serviços de acabamento, conexões dos sistemas operacionais e na realização de testes nos equipamentos. Somente com a finalização desta fase é que acontece a chamada prova de mar, quando o navio tem o seu desempenho testado em condições reais de navegação.

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