segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Homem humilde morador de Tiuma periferia de São Lourenço era quem bancava o jatinho de Eduardo Campos

Do blog Jamildo
Logo depois que o avião de Eduardo Campos caiu em Santos, no litoral de São Paulo, a imprensa nacional tentou localizar os donos da empresa Lopes e Galvão Ltda, que pagou à Líder Táxi Aéreo todas as despesas de apoio em solo do jato usado por Eduardo Campos no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, na véspera do acidente.
O serviço foi executado pouco antes da decolagem do jatinho Cessna prefixo PR-AFA, que caiu em Santos matando Campos e outras seis pessoas de sua campanha. O atendimento aeroportuário prestado pela Líder incluiu o oferecimento de uma sala vip, embarque dos passageiros, bagagem e transporte terrestre dentro do aeroporto.
A empresa inicialmente havia fornecido como sede o endereço de uma escola, em Campinas (SP). No endereço apresentado pela Lopes e Galvão funciona uma escola de educação infantil. Marília Priscila Galvão, sócia-fundadora da escola, disse aos jornais nacionais que o primeiro nome do estabelecimento, fundado em 1991, foi de fato Lopes e Galvão Ltda. Marília se disse surpresa de ver o nome Lopes e Galvão envolvido com pagamento de despesas de avião. Perguntada se tem algum vínculo com a AF Andrade, a operadora do avião no qual viajava Campos, Marília negou. Marília recorreu a seu contador para chegar à conclusão de que o nome da empresa pode ter sido usado indevidamente por terceiros.
Na época, a Líder Táxi Aéreo confirmou aos jornais nacionais que fez o apoio de solo no Santos Dumont, mas se recusou a informar quem arcou com os custos, alegando se tratar de assunto confidencial celebrado em contrato.
Teoricamente, quem deveria arcar com os custos e serviços deveria ser a AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda, que arrendou a aeronave. Oficialmente, o avião pertencia à Cessna Finance Export Corporation e era operada pela empresa privada AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda, por meio de arrendamento operacional (leasing), como consta no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Avião Civil (Anac). Na prática, o avião era utilizado por três empresários pernambucanos, que teriam emprestado o avião para a campanha do PSB.
Empresa de serviços gerais
Na verdade, a empresa Lopes e Galvão, que se dedica a serviços gerais, não tem registro na Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe) – apenas no cartório de São Lourenço da Mata -, e funciona na casa simples do dono, Genivaldo Galvão Lopes, na periferia da cidade da Copa, em Tiúma.
O dono da Lopes & Galvão, que chegou a trabalhar na Usina Tiúma, conhece e já prestou serviço para Apolo Santana Vieira, dono da Bandeirantes Pneus, que assumiu em nota oficial ter tentado comprar a aeronave, antes do acidente. Junto com o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Melo Júnior e outro empresário, Eduardo Freyre Bezerra Leite, conhecido como Eduardo Ventola.
Seria um novo laranja?
O empresário diz que não tem nada a ver com empresas fantasmas.

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