quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Deputado Alvaro Porto questiona cachês em festas do carnaval em Pernambuco

O vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto (PTB), promete entrar, na próxima semana, com uma denúncia no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) por suposto superfaturamento na contratação de artistas para o Carnaval e festas religiosas no início deste ano. Ontem, durante sessão ordinária na Casa de Joaquim Nabuco, o petebista foi à tribuna para questionar a Secretaria de Turismo e apresentar dados que, segundo ele, mostram diferenças contratuais de até 400% na verba destinada a uma mesma cantora. 
O ex-prefeito de Canhotinho apresentou transcrições dos diários oficiais da Bahia e de Pernambuco que mostram a contratação da artista Margareth Menezes. No dia 13 de fevereiro, ela recebeu do governo baiano R$ 30,9 mil para uma apresentação em Salvador. Quatro dias depois, se apresentou em Belém de São Francisco (PE) por R$ 150 mil.
Álvaro afirmou que há discrepância nos valores de vários shows realizados nessa época pelo estado e que o governo só estaria disponibilizando apoio financeiro para municípios com prefeitos aliados ao Palácio. “Municípios como São João, Canhotinho e Agrestina, que têm prefeitos que apoiaram Armando Monteiro, não receberam um centavo para o carnaval.”
A reportagem entrou em contato com a Pedra do Mar Produções Artísticas, que representa a cantora Margareth Menezes. Um dos produtores da cantora, Armando Libório, afirmou que o evento realizado em Salvador foi uma participação especial na abertura do Carnaval do Pelourinho, onde Margareth cantou apenas duas músicas no show da também cantora Mariene de Castro. O valor de R$ 150 mil, segundo ele, seria mesmo o valor aproximado do cachê da cantora nessa época do ano. O decreto do DO baiano fala, no entanto, que a apresentação teria duração de duas horas.
O líder do governo na Assembleia, deputado Waldemar Borges (PSB), disse que o processo de escolha dos artistas segue rígido processo. Em nota, a Secretaria de Turismo informou que o processo de contratação de artistas para o carnaval foi totalmente respaldado na legislação pertinente e com a documentação exigida pelo Tribunal de Contas do Estado. Além disso, este ano, ao invés do processo ser baseado em três cotações de preços, a Empetur exigiu cinco cotações para a definição dos cachês a serem estipulados.

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