quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Coca-Cola demite mais de cem em Pernambuco

Foto: NE10.

É quase lugar comum dizer que a crise econômica vem afetando empresas nos mais diversos setores – das pequenas às de grande porte. Em Pernambuco, nem a Coca-Cola escapou. Nos últimos quatro meses, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bebidas (SindBeb), cerca de 150 funcionários foram dispensados, apenas da fábrica do Estado.

As demissões atingiram diversas áreas de atuação – motoristas, promotores de venda e até supervisores. “Ontem foi demitido um motorista com mais de 20 anos de empresa sob a justificativa de que ele não estava apto para o serviço. Como não está apto e ficou 20 anos na função?”, questiona Marcos Tadeu, diretor de comunicação do SindBeb. Segundo ele, até pessoas com atestado médico deixaram o grupo.

Fábrica da Coca-Cola. Foto: NE10.

O representante do sindicato explica que a empresa dispensou os trabalhadores sob a justificativa de que não está vendendo bem. “Ela alega crise, mas na verdade depois que o grupo Solar assumiu eles estão mudando as coisas”, disse Tadeu. “O setor de bebidas não está ruim. Recebemos informações de que só teve crescimento. Este é um dos setores que não teve problema. As empresas (Itaipava e Ambev) estão investindo milhões aqui”, acrescenta.

Em nota, a Solar – segunda maior operação do Sistema Coca-Cola Brasil e uma das 15 maiores do mundo – explica que, “como qualquer grande empresa realiza revisões em seus processos e estruturas buscando maior eficiência e competitividade na gestão dos negócios e atividades da empresa”.

A empresa afirma que realizou, em Pernambuco, uma “pequena redução de seu quadro funcional”, equivalente a menos de 1% do quadro total. A Solar conta com cerca de 16 mil empregados em toda a região Nordeste, Mato Grosso e Tocantins, distribuídos em 13 fábricas, 36 centros de distribuição além de seus escritórios.

BALANÇO – Em abril, a Coca-Cola divulgou o balanço trimestral que demonstrava superação das expectativas para o período. No âmbito mundial, pela primeira vez em vários meses, o volume de vendas de refrigerantes do grupo teve aumento (+1%). Os analistas estimavam uma redução de 0,3%. O volume de negócios trimestral do grupo cresceu em 1,3%, a US$10,71 bilhões de dólares, um número maior do que os  US$10,66 bilhões esperados pelo mercado.

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