quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Canibais que atuaram em Garanhuns julgados por mais dois assassinatos

    Trio é acusado de assassinatos, esquartejamento, canibalismo e ocultação de cadáver. Crédito: Ascom TJPE

O trio condenado por assassinar, esquartejar e praticar canibalismo e ocultação de cadáver de uma adolescente de Olinda será julgado por mais dois assassinatos de mulheres. Conhecidos como os “Canibais de Garanhuns”, Jorge Beltrão, Isabel Pires e Bruna Silva sentarão o banco dos réus a partir desta quinta-feira (28) para audiência de instrução e julgamento pelas mortes de Alexandra Falcão, 20 anos, e Giselly Helena, 31.

Essas duas mortes foram praticadas em 2012. Segundo as investigações coordenadas pela Polícia Civil, os réus criaram uma seita imaginária chamada Cartel, que tinha por objetivo diminuir a densidade demográfica. Para isso, deveriam exterminar mulheres que tivessem filhos, mas sem condições de criá-los. Jorge Beltrão seria o mentor da seita.

As duas mulheres foram atraídas para a casa do trio com a proposta de emprego de babás e um bom salário. Na residência, foram assassinadas, tiveram o sangue retirado, depois os corpos divididos em várias partes. A carna humana foi congelada e, posteriormente, serviu de alimentação para Jorge, Bruna, Isabel e uma criança que vivia com eles, filha da primeira vítima.

O mais impressionante é que o trio confessou que ainda recheava salgados, como empadas e coxinhas, com os restos mortais das vítimas, para vender pelas ruas de Garanhuns. O caso teve repercussão internacional.

Após a fase de audiências de instrução e julgamento, sem prazo para a conclusão, a Justiça definirá se os réus serão julgamentos em júri popular na Comarca de Garanhuns.

No ano passado, o trio foi condenado pela morte de Jéssica Camila. O júri popular aconteceu no Fórum de Olinda. Jorge cumpre pena no Presídio Desembargador Augusto Duque, em Pesqueira. Já as mulheres estão na Colônia Penal Feminina de Buíque

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