quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Com novo ramal pernambucano da Transnordestina, obra passa de R$ 11 bilhões com sétimo aditivo



Prevista para entrar em operação em 2018, ou seja, 12 anos após o início de sua construção, a Ferrovia Nova Transnordestina deve ganhar um novo trecho pernambucano. Trata-se do ramal ligando as cidades sertanejas de Salgueiro e Petrolina.

A promessa, de acordo com o deputado estadual Miguel Coelho (PSB), foi feita durante a gestão do ministro Fernando Bezerra Coelho à frente do Ministério da Integração Nacional (2011-2013). Em reunião, nesta terça-feira (6), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), os parlamentares cobrarão da diretoria da Transnordestina Logística S.A. (TLSA) o cronograma do início das obras do futuro traçado. Ao mesmo tempo, os deputados esperam o anúncio do novo orçamento do empreendimento, que deve passar de R$ 7,5 bilhões para R$ 11 bilhões.

Na segunda-feira (5), no Diário Oficial da União (DOU) foi publicado o sétimo aditivo referente ao acordo de desapropriação em Pernambuco. Acrescentando a parcela de R$ 927,4 mil, sendo 10% contrapartida estadual, os custos ultrapassam R$ 30 milhões somente com desapropriações.

O trecho Salgueiro-Petrolina, de 230 quilômetros (Km) de extensão, foi objeto de estudo conjunto entre os ministérios da Integração Nacional e Transportes, ainda em 2003. Segundo Miguel Coelho, o projeto foi aprovado, inclusive, tem até orçamento definido.

“Queremos saber os detalhes desse trecho. O que sabemos é que ele está pronto para ser incluído nas obras da Transnordestina. Segundo a TLSA e o próprio Governo Federal, a ferrovia só terá sentido se ela for interligada com as ferrovias Norte-Sul e a de Integração Oeste Leste (Fiol)”, afirmou o deputado.

Dados levantados pela comissão parlamentar responsável por apurar o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da qual Coelho é presidente, mostram que atualmente cerca de seis mil trabalhadores estão nos canteiros da Transnordestina. Ainda de acordo com os parlamentares, 80% do efetivo está concentrado no trecho Trindade-Eliseu Martins (PI).

“Nossa preocupação é com a obra toda, pois ela é muito importante para a logística do Nordeste, mas principalmente com os trechos pernambucanos. Precisamos saber o que está acontecendo e o que será feito para melhorar o ritmo, sobretudo o trecho até Suape”, adiantou.

Os 1.753 Km de ferrovia deveriam ter sido entregues em 2010, ao custo de R$ 4,5 bilhões. Segundo o Governo Federal, a obra enfrentou dificuldades para avançar devido aos problemas com desapropriações.

Kleber Nunes, da Folha de Pernambuco

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