sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Para criminalista, Bruno Martiniano pode renunciar para escapar de punições piores

BRUNO MARTINIANO
Após ler a representação do TCE pedindo o afastamento do prefeito de Gravatá, advogados criminalistas chegaram a conclusão que o melhor para o político Bruno Martiniano talvez seja renunciar ao mandato para escapar de punições mais graves.
“O que está na petição já demonstra que o TCE está bem embasado e com muitas provas. Somando as penas que poderiam, em tese, ser aplicadas na esfera criminal, dariam mais de 30 anos de prisão para Bruno”, afirma um jurista, sob reserva.
Bruno Martiniano estaria passando pelo mesmo problema que tiveram os políticos do mensalão. Ele está sendo investigado em “instância superior” por “gente motivada com o combate à corrupção”.
O cargo de prefeito garante foro privilegiado perante a segunda instância.
“Na primeira instância, os processos demoram mais e podem acabar em prescrição”, compara o advogado.
No caso de Bruno Martiniano, se renunciasse, os processos iriam para a Comarca de Gravatá. Ela está sobrecarregada e sem vários juízes titulares. Inúmeros ex-prefeitos respondem a ações penais que estão caminhando devagar na Justiça Estadual, segundo o jurista.
“Bruno seria apenas mais um ex-prefeito respondendo a ação penal. Ia sumir na multidão”, acredita o advogado.
Sobre a intervenção, o advogado disse que é muito difícil os desembargadores contrariarem as provas apresentadas pelo TCE.
“Quando a questão chega ao ponto de intervenção é que os fatos são muito graves. Muita gente já ouvia falar destes problemas de Bruno Martiniano ao passar o fim de semana em Gravatá. O trabalho do TCE tem muita força porque não foi feito da cabeça de uma só pessoa, foi uma investigação coletiva feita por auditores e procuradores”, compara o advogado.
“Bruno Martiniano deveria renunciar para escapar de punições piores. Ou, como se fala no popular, deveria sair para não ser saído”, concluiu.
A conferir.

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