quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Cruangi injeta R$ 18 mi na economia da Mata Norte

Magno Martins

Neste domingo, depois de três anos fechada, a usina Cruangi, em Timbaúba, completa dois meses de reaberta através da ação de uma cooperativa de fornecedores de cana. E a iniciativa já é responsável por injetar na economia da Mata Norte cerca de 18 milhões. O dinheiro tem ajudado a movimentar financeiramente diversas cidades da região.

A ação tem colaborando na abertura de novos postos de trabalho indiretos, além dos 4 mil gerados com a volta da usina, bem como no reaquecimento do comércio desses locais. O novo cenário tem ajudado parte da Mata Norte a reduzir impactos negativos da crise nacional sobre Pernambuco. Isso ocorre porque o dinheiro tem saído da usina para pagar trabalhadores e produtores de cana, bem como equipamentos e serviços, plantio, corte e transporte da cana, além dos honorários e impostos. A Cooperativa responsável pela usina (Coaf), comemora a iniciativa e os resultados com a volta de Cruangi.

A moagem iniciou em 15 de setembro. De lá para cá foram esmagadas 143 mil toneladas de cana de 200 produtores das cidades da região. Até o momento foram produzidos aproximadamente 10 milhões de litros de etanol. "Continuarem investindo forte na usina", diz o presidente da Coaf, Alexandre Andrade Lima. A depender da condição do clima, a expectativa é de que a moagem dure até o mês de abril. E se isso acontecer, os responsáveis por Cruangi calculam que possam moer até 400 mil ton. e produzir algo em torno de 32 milhões de litros de etanol. "Já estamos felizes pelo que está ocorrendo na região, porque, enquanto as usinas de outros estados fecham, estamos reabrindo as nossas e voltando a gerar esperança e progresso socioeconômico em volta de toda a cadeira produtiva da cana e da população dessas cidades pernambucanas", frisa.

Até agora, só com pagamentos pela cana fornecida e com os 4 mil trabalhadores do campo e da indústria envolvidos na moagem de Cruangi foram destinados mais de R$ 9 milhões. Outros R$ 5 milhões foram voltados ao pagamento de equipamentos e serviços prestados na local. E tudo isso é dinheiro que já está circulando na economia das cidades do interior. "Esses montantes foram inclusive apresentados ao governador em audiência na última terça, quando nos parabenizou pela reativação da usina", relatou Lima. O dirigente conta que o governo estadual tem sido um parceiro importante para o êxito da ação, visto que publicou uma lei, dias antes da volta da usina, onde define um crédito presumido adicional de 6,5% no ICMS do etanol fabricado em Cruangi.

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