terça-feira, 3 de novembro de 2015

Estudantes de Pernambuco aprovam programas sociais do Governo Dilma

Uma  pesquisa revela que os jovens de Pernambuco defendem o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (Prouni), cobram por mais concursos públicos, defendem a redução da carga tributária e rejeitam o Bolsa Família. Para o cientista político Adriano Oliveira, coordenador do estudo, as respostas dos estudantes mostram uma contradição.

“A agenda do PT continua viva no imaginário deles. Querem mais políticas sociais, mais gastos públicos e valorizam os programas criados pelo governo federal. Por outro lado, metade dos entrevistados rejeita o Bolsa Família. Para entender o motivo disso seria necessário fazer uma pesquisa qualitativa específica, mas é possível que enxerguem o programa como algo que incentive a preguiça, o oportunismo, a esmola”, analisa.

Embora 42,1% dos entrevistados pertençam às classes D e E, sendo potenciais beneficiários do Bolsa Família, na opinião do cientista político talvez eles identifiquem o programa como algo fora de suas realidades. “É um comportamento egoísta. Como a maioria deles não recebe o Bolsa Família, eles sentem que não têm nada a ver com isso. As pessoas tendem a só querer o que lhes beneficia diretamente, e isso é visível na forma como defendem o Prouni e o Fies”, explica.

Ao mesmo tempo, a questão da meritocracia, do crescer por meio do esforço individual, permeia os resultados. Os estudantes ouvidos são, em sua maioria, contra as cotas raciais nas universidades públicas e nos concursos, mas se dividem quando o critério passa a ser o social. “A exclusão para eles não passa pela raça, mas pela renda”, aponta Adriano. Os resultados refletem a ideia de que um título universitário é algo primordial para se ter uma boa vida.

Com Informações do Jornal do Commercio

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