quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Falso médico que exercia medicina em PE, PB e RN é descoberto

Falso médico realizava atendimento no Hospital João Murilo de Oliveira há mais de um ano.

Um falso médico, que exercia sua função sem ter licença em cidades do interior de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba, foi denunciado à Polícia Federal nessa terça-feira (3) após ser descoberto por outro médico durante um plantão na última quarta-feira (28). A denúncia foi feita pelo clínico geral Bruno Tenório Gonçalves, que desconfiou do falso médico ao receber uma demanda do Samu para a transferência de um paciente que estava em um hospital de Vitória de Santo Antão sob os cuidados do (falso) médico identificado como Bruno Silva, que tinha o mesmo número do Conselho Regional de Medicina (CRM) dele.

Desconfiado, o médico foi ao hospital João Murilo, onde o falso médico estava dando o plantão naquele dia; ele descobriu que Bruno dava plantão no local há um ano e meio, chegando a realizar naquele mesmo dia cerca de 80 atendimentos, um deles de um paciente em estado grave, que foi entubado. O falso médico ainda daria plantões em outras cidades do interior, como Amaraji, Lagoa do Carro, Glória do Goitá e Afogados da Ingazeira, e nos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, utilizando sempre nomes diferentes.

O médico que fez a denúncia ainda informou à Polícia Federal que conhecia o falso médico, que cursou três períodos do mesmo curso de medicina que ele em uma faculdade particular de João Pessoa, na Paraíba. Câmeras de segurança do hospital no qual o falsário dava plantão no dia registraram imagens do suspeito.

Bruno Tenório já tinha passado por um problema semelhante no mês de janeiro, quando foi acusado de abandono de plantão na cidade de Afogados da Ingazeira, no Sertão do Estado, por um médico que teria utilizado seu nome e o registro de CRM de um outro médico.

A Polícia Federal está realizando o levantamento dos fatos para intimar o falso médico, que está foragido e é investigado por falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina, para prestar depoimento. O caso também foi encaminhado para a Corregedoria Regional de Pernambuco e poderá ser transferido para a Polícia Civil conforme o julgamento do órgão.

 

NE/10. 

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