quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Nos braços de Cunha novamente, Aécio fala em governar com o DEM

Aécio fala em GOVERNAR 'EM BREVE', JUNTO COM DEM

Após declarar o apoio do PSDB ao atentado contra a democracia que vem sendo liderado pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) participou nesta quinta-feira da convenção do Democratas, na qual deixou escapar que trabalha com a hipótese de eleições antes do tempo; "O calendário constitucional prevê eleições em 2018. Obviamente, isso pode ser de alguma forma antecipado", afirmou o tucano; Aécio disse ainda que a decisão de Cunha de abrir um impeachment não muda a posição do PSDB em relação à cassação do deputado; seu tom, no entanto, foi mais ameno; "Os votos do PSDB continuarão sendo pela continuidade da investigação. E também lá caberá ao presidente da Câmara se defender", diz o senador; golpe Cunha-Aécio já atraiu o repúdio de todos os governadores do Nordeste, de movimentos sociais como CUT, UNE e MST e de presidenciáveis como Joaquim Barbosa, Luciana Genro e Ciro Gomes

3 DE DEZEMBRO DE 2015 ÀS 15:18

Minas 247 – Novamente nos braços do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o senador Aécio Neves (PDSB-MG) deixou escapar, nesta quinta-feira, que trabalha com a hipótese de eleições antes da hora, ao participar de uma convenção do Democratas.

"O calendário constitucional prevê eleições em 2018. Obviamente, isso pode ser de alguma forma antecipado. Mas seja quando for, o que eu quis dizer hoje na convenção do Democratas é que temos um projeto comum de país. Estivemos juntos na última eleição. Sou reconhecido ao papel que o Democratas desempenhou e espero que possamos (estar juntos) no momento em que o calendário constitucional definir quando serão as eleições", disse ele.

Ou seja: Aécio trabalha com dois calendários, o oficial, previsto em lei, e o do golpe que vem sendo conduzido por ele e por Eduardo Cunha. Na mesma coletiva, o senador tucano também afirmou que o PSDB não mudará seus votos no conselho de ética, no tocante à cassação de Cunha, investigado por corrupção e lavagem de dinheiro, em razão de suas contas secretas na Suíça. Seu tom, no entanto, foi mais ameno. "Não houve, em nenhum momento, nem de longe, qualquer possibilidade de discussão em relação a essa questão. Os votos do PSDB continuarão sendo pela continuidade da investigação. E também lá caberá ao presidente da Câmara se defender", afirmou.

Até agora, o golpe Cunha-Aécio já atraiu o repúdio de todos os governadores do Nordeste e de movimentos sociais como CUT, UNE e MST, além da Federação Única dos Petroleiros, que prometeu ir às ruas em defesa da democracia. Outros presidenciáveis, como Ciro Gomes e Joaquim Barbosa, também rechaçaram o golpe.

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