quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Ministro da Saúde diz que Aedes aegypti já se reproduz em água não limpa

O  ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou que não existe “Plano B” quando se fala do combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Para combater a dengue, chicungunha e zika, o gestor diz que é imprescindível impedir a proliferação do mosquito.

O gestor reforçou que ainda não existe remédio para as viroses transmitidas pelo Aedes aegypti e que o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus zika, que pode estar associado ao surto de microcefalia em bebês, ainda é um sonho distante. Castro afirmou que o mosquito tem se adaptado ao ambiente e já há registros de que também se prolifera na água não limpa.

Apesar da força-tarefa formada pelos municípios, Estados, Forças Armadas e governo Federal, é preciso de ajuda da sociedade para evitar que o mosquito nasça. Castro lembrou da atenção aos pequenos focos como jarros de pantas, folhas.

Perguntado sobre a legalização de aborto em casos de microcefalia detectada intraútero, Castro disse que o debate precisa ser feito no Congresso Nacional. “Nós enquanto médicos, enquanto ministro da Saúde, nem de longe, podemos defender uma possibilidade dessas. Mas, estamos em um estado democrático de direito e a sociedade tem que discutir isso”, completou.

Sobre a recriação da CPMF, o ministro reafirmou a opinião favorável ao imposto que seria direcionado à Saúde. “Não podemos tapar o sol com a peneira. Todas as pessoas que eu conheço que estudam saúde pública no Brasil são unânimes ao afirmar que há um subfinanciamento. Isso nas instâncias federais, estaduais e municipais”, disse.

PIADA MAL ENTENDIDA - Castro “causou” ao comentar, em tom de brincadeira, que torceria para que mulheres se contaminem pelo zika antes da idade fértil. O comentário infeliz foi feito nesta quarta-feira (13) durante entrevista coletiva em que o gestor falava sobre projetos de desenvolvimento de vacinas contra o vírus.

A lógica de Marcelo Castro é de que as meninas, uma vez infectadas, estariam imunes ao vírus antes mesmo de chegar à idade reprodutiva. A piadinha, no entanto, foi vista como ‘sem graça’.

De acordo com o ministro, mesmo quando a vacina estiver pronta, não será possível imunizar todos os brasileiros. A preferência será dada para mulheres em idade fértil.

da Rádio Jornal

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