quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Produtores de PE podem recorrer à linha de crédito

Está disponível para os produtores rurais R$ 101 bilhões do Plano Safra


DIVULGAÇÃO


Maior parte dos recursos é para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

Os produtores rurais pernambucanos já po­dem ter acesso aos recursos do Plano Safra. O financiamento está sendo oferecido pelo Banco do Brasil (BB), que recebeu R$ 101 bilhões dos R$ 185 bilhões que o programa federal disponibilizou para a safra nacional de 2016/2017. Desse montante, R$ 519 milhões estão em Pernambuco. 

“São financiamentos para investimento, custeio ou comercialização dos produtos agrícolas. Eles estão disponíveis em várias linhas de crédito, tanto para os agricultores familiares quanto para os médios e grandes produtores”, contou o gerente de agronegócio do BB em Pernambuco, Clênio Nunes, ressaltando que a maior parte das linhas de crédito já pode ser contratada. Só os empréstimos que vão permitir o investimento dos médios e grandes produtores ainda não foram liberados. 

A maior parte dos recursos, no entanto, está mesmo nas linhas de crédito voltadas aos pequenos agricultores, as chamadas linhas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Dos R$ 101 bilhões ofertados pelo BB em todo o Brasil, R$ 91 bilhões são para produtores e cooperativas. É um incremento de 10% em relação ao valor desembolsado na safra anterior. E esses financiamentos ainda terão juros menores nesta safra. 

Segundo Nunes, os empréstimos de até R$ 165 mil contratados por agricultores familiares agora têm juros de 2,5% ao ano. Até a safra passada, esse percentual valia apenas para os contratos de até R$ 10 mil. Já as linhas voltadas aos médios e grandes produtores tiveram os juros reajustados para cerca de 8,5% a 9,5%. Em contrapartida, o limite do investimento aumentou de R$ 385 para R$ 430 mil no caso dos médios e de R$ 1,2 milhão para R$ 3 milhões no caso dos grandes empresários. 

Para o gerente de agronegócio do BB em Pernambuco, os empréstimos serão fundamentais para que os agricultores possam reestruturar sua produção após o período de seca que prejudicou as últimas safras. “Eles ficaram descapitalizados e sem fonte de receita e agora terão que usar de financiamentos para ter uma atividade rentável e aumentar a produção. 

Afinal, a expectativa é de que esta seja uma boa safra, com chuvas”, disse Nunes, ressaltando que, caso a demanda seja grande, os R$ 519 milhões destinados a Pernambuco podem ser ampliados. Na safra passada, por exemplo, o orçamento inicial de R$ 40 milhões, foi ampliado para R$ 439 milhões.

Da Folha de Pernambuco

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