quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Água da Adutora chega primeiro à Toritama

Abastecimento anima empresários de confecções e traz perspectivas positivas para a bacia leiteira

Por: Folha de Pernambuco 

Consórcios envolvidos na obra já iniciaram mobilizações este mês. A intenção é acelerar a construçãoFoto: COMPESA

 

Os empresários do Polo de Confecções do Estado estão animados com as novas perspectivas de conclusão da Adutora do Agreste. Depois de quase seis anos consecutivos de seca, a maior obra hídrica em execução no Brasil será a redenção para os setores produtivos da região após dois anos de atraso. A expectativa é que Toritama seja a primeira cidade a receber água pela Adutora em maio deste ano, seguida por Santa Cruz do Capibaribe, no mês de setembro.

“A água é fundamental para a vida e para a atividade têxtil, porque o jeans precisa ser lavado. Hoje, para fazer isso, temos que recorrer ao carro-pipa”, destacou o presidente do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral e de Malharia do Estado (Sinditêxtil), Oscar Rache, frisando que 90% da produção de Toritama dependem de água. A estiagem, segundo Rache, provocou queda de 20% na produção.

Quatros consórcios envolvidos nas obras dos lotes 1, 2, 3 e 4, além do início de mais uma frente de trabalho com o Lote 5, já começam a mobilizar equipamentos e profissionais para dar celeridade às intervenções. A mobilização será possível depois que a União liberou R$ 42 milhões na semana passada, e, se o andamento de repasse continuar numa média de R$ 30 milhões ao mês pelos próximos dois anos, é possível que a obra completa seja entregue em 2018.

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) fechou o ano com o montante liberado de R$ 142 milhões. Diante da necessidade urgente de levar água para os municípios do Agreste, o governador Paulo Câmara solicitou à Compesa a realização de estudos e projetos para que fosse dada uma funcionalidade às tubulações da adutora já construídas. Na concepção original do projeto, o aqueduto seria alimentado pelo Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco, quando fosse concluído o Ramal do Agreste, obra do governo federal que sequer foi iniciada.

Uma das alternativas para antecipar a chegada da água será a Adutora do Moxotó, a primeira ligação da Transposição com as regiões do Sertão e Agreste. Também está sen­do estudado a possibilidade de levar a água da Transposição a partir de captação na Barragem de Sertânia, adiantando a chegada para o próprio município.

Além disso, os trechos que vão de Caruaru a Toritama, e de Toritama a San­ta Cruz do Capibaribe, ­se­rão finalizados para começar a receber água do Sistema do Pirangi, que vai levar água do município de Catende, na Ma­ta Sul do estado, para a Barragem do Prata, em Bonito. “Será a saída para o setor leiteiro, que foi bastante sacrificado com a seca”, afirmou Emanuel Rocha, presidente da Sociedade Nordestina dos Criadores.

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