quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Crimes em série e "lista da morte" assustam moradores de Chã Grande


TV Jornal


Reprodução/TV Jornal

Uma sequência de crimes ligados a uma suposta "lista da morte" tem tirado o sossego dos moradores do município de Chã Grande, no Agreste de Pernambuco. Dezenove nomes de pessoas foram colocados em um papel fixado no muro do cemitério da cidade e três delas foram assassinadas nas últimas semanas. Um quarto rapaz sofreu uma tentativa de homicídio e está internado em estado grave.

A marca da cola onde foi pregado o cartaz onde um justiceiro promete matar alguns moradores da área ainda está no muro do Cemitério. A lista com o nome das vítimas foi divulgada nas redes sociais junto com um áudio onde um homem, com a voz distorcida, promete "mandar todos para o inferno".

Pelo menos três jovens que tiveram o nome anotado na "lista da morte" foram assassinados. No dia 26 de janeiro deste ano, o agricultor Richard Martins Pessoa, o Riquinho, de 26 anos, foi assinado a tiros perto de casa, no Sítio Lajedo Grande, na Zona Rural de Chã Grande. O apelido dele constava na lista. Outra vítima, Wellington José dos Santos, 27 anos, foi assassinado perto de casa. Após o crime, os familiares dele resolveram se mudar. "Eles saíram do local por que estavam com medo", contou um vizinho, que não quis se identificar.

Para deixar os moradores da cidade ainda mais assustados com a violência, mais um assassinato aconteceu na Zona Rural de Chã Grande. José Augusto da Silva, 36 anos, foi morto com um tiro de espingarda calibre 12 dentro da escola onde trabalhava como vigilante. Na lista, ele foi identificado como Chupinha. A vítima estava acompanhada da esposa e do filho pequeno quando o crime aconteceu.

Uma quarta vítima foi ferida a tiros. Wagner Alves está internado em uma unidade de saúde no Recife. Outros jovens citados na temida lista podem ser executados a qualquer momento. Enquanto isso, os moradores de Chã Grande convivem com o medo e esperam uma resposta da polícia.

Investigação

A Polícia Civil tomou conhecimento da "lista da morte" e conseguiu identificar o homem que gravou o áudio ameaçando os moradores. O suspeito está sendo investigado, mas não teria relação com as mortes.

"Tomamos conhecimento da lista. Existe um suspeito, mas ele não tem relação com esses homicídios. Essa pessoa gravou (o áudio) apenas para amedrontar", contou o delegado Alisson Pontes.

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