terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

SDS reconhece armamento inferior, mas garante que respondeu à altura



Quadrilha ateou fogo em veículos, realizou vários disparos de grosso calibre e explosões. Foto: Reprodução/ FacebookA entrevista coletiva marcada para o final da manhã desta terça-feira para anunciar o esquema de segurança para o carnaval foi tomada por um assunto mais urgente: a ousada investida de uma quadrilha fortemente armada que explodiu o cofre da empresa de segurança e transporte de valores Brinks e aterrorizou os moradores da Zona Oeste do Recife com disparos de armas de grosso calibre, esta madrugada.

Antes de falar sobre a festa, o secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia, falou com a imprensa sobre o caso. Segundo ele, a polícia tem certeza de que a ação foi praticada por um grupo interestadual formado por mais de 20 homens e que usava armamento de guerra e armas importadas, como fuzil 762. O secretário 
reconheceu que o armamento dos bandidos era muito superior ao da polícia, mas garantiu que a PM respondeu à altura. Ao final do dia, a SDS deve divulgar um balanço da ação.

Gioia adiantou que a SDS já tem as imagens das câmeras de segurança que flagraram toda a ação no entorno e que o setor de inteligência está trabalhando para identificar e prender os suspeitos. As imagens, no entanto, não serão divulgadas para não atrapalhar as investigações. O secretário acrescentou que os três PMs feridos durante confronto com a quadrilha passam bem.

Ao final da entrevista, o Ângelo Gioia falou sobre o ofício encaminhado pela bancada de oposição ao governo do estado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para que o estado solicite ao Governo Federal o envio de tropas federais para reforçar a segurança durante o carnaval. O secretário disse que não vê necessidade para a medida e que, se  fosse preciso, o governador Paulo Câmara já teria solicitado, como fez ano passado. "A polícia de Pernambuco tem comando. Não existe nenhum lugar em Pernambuco onde a polícia não entre. Isso não  resolve. De qualquer forma, é preciso colocar a polícia na rua para ir nos lugares, porque os homens da Força Nacional não conhecem o lugar", justificou.

Diante dos fatos, o governador Paulo Câmara cancelou a agenda que tinha marcada em São Paulo nesta terça-feira. O governador havia embarcado para Campinas na segunda-feira, mas desistiu de cumprir a agenda no outro estado para retornar para Pernambuco. 

Fonte: Diário de Pernambuco


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