COMO TODO BRASILEIRO, TAMBÉM ESTOU DECEPCIONADO E TRISTE
Estou decepcionado e triste! Também pudera. São tantos os problemas. O maior deles vejo nos nossos dias a dia. Nos jornais. Nas revistas. Na televisão. Escândalos e mais escândalos. Roubalheiras e mais roubalheiras. E tudo sem limites.
Os números são estratosféricos. Inimagináveis. Fora do alcance de nós mortais. A fata de honestidade se implantou em nosso país, justamente por aqueles que deviam dar o exemplo, enquanto nossos representantes.
Hoje, já não se sabe que político é honesto. A gente quer apostar em um ou outro, e, de repente, eles aparecem por ai nos noticiários. Nas páginas dos jornais..., pesando contra ele ou eles sérias acusações. E, o pior, é que na ponta quem vai pagar a conta é povo brasileiro.
Essa semana um amigo me apresentou farto material - reportagens e inúmeras fotos - dando conta da situação do nosso Centro Cultural e Teatro Municipal. Confesso que fiquei estarrecido com o que vi e li.
Disse ao amigo: Isso não é possível. É muito para mim. Que já vivo decepcionado e triste com o que acontece com nosso pais. Agora você me traz mais essa do nosso Centro Cultural e Teatro Municipal. Você sabe que aqueles monumentos são e sempre serão a menina de meus olhos e de tantos. Desde nossos tempos de pre-adolescentes e adolescentes. Você sabe o quanto nos custou as nossas travessuras com o acidente que envolveu Geraldo Paixão. Que chegou a perder uma perna nos trilhos do trem que chegava a nossa cidade.
Agora, posso assegurar-lhe que no meu tempo de Secretário de Cultura da Cidade não era assim. O Centro vivia em estado de novo. Porque em permanente manutenção. Os artistas que o digam. E penso que eles nos fariam justiça.
Conosco o Centro abria nos três expedientes: pela manhã, à tarde e à noite. Edmar, cuidava dele, e dele tinha muito ciúme. Talvez mais do que a sua própria casa. "Vamos receber o turista como ele merece" - dizia-me sempre. Cansei de fragar Edmar, de mangueira na mão, ajudando a lavar as escadarias de acesso ao seu interior. Confesso: tenho saudade dele. Grande amigo! Ajudou-nos muito na gestão da Cultura de Garanhuns.
Instalamos a Secretaria de Cultura no interior daquele monumento, e o fizemos com a ideia fixa e a determinação de adequar as suas instalações às exigências do hoje, sobretudo no que diz respeito ao seu Teatro. Mas sabia que a ideia só poderia ser exitosa se contássemos com um laudo, emitido por especialista do Ministério da Cultura. E foi o que fizemos. Ficamos a pedir àquele Ministério a presença de um especialista a Garanhuns, o que ocorreu com o deslocamento do arquiteto Robson Jorge Gonçalves a Garanhuns para conhecer e emitir laudo sobre o nosso Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante e o nosso Teatro Luiz Souto Dourado.
Ainda, hoje, tenho, em meu poder, cópia do laudo sobre o nosso Centro e nosso Teatro. Que contempla todas as suas necessidades. Já, na época, todas, para providências urgentes. O laudo data de 06 de maio de 2008.
Apresentei-o a muitos, na época. Que ficaram admirados com a iniciativa. Que não foi fácil consumar. Devemos-lhe a um trabalho de muita persistência e perseverança.
Marcos Freitas acompanhava nossa luta. E estimulava aos que faziam a Secretaria na época.
Fiquei muito triste com o material que amigo trouxe às minhas mãos nessa última semana. Aliás, mais triste. Muito triste!
Garanhuns não merece o abandono a que está mergulhado a sua antiga Estação Ferroviária. Hoje Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante e Teatro Luiz Souto Dourado. Que vem do Império. Dos tempos de Dom Pedro II e da Princesa Izabel.
Givaldo Calado de Freitas
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