segunda-feira, 10 de abril de 2017

Federais do PSB correm risco de nao chegarem a reeleição



Nas eleiçōes de 2014, o PSB emplacou oito deputados federais, praticamente 1/3 da bancada pernambucana, foram eles: Marinaldo Rosendo, Felipe Carreras, João Fernando Coutinho, Gonzaga Patriota, Fernando Filho, Danilo Cabral, Tadeu Alencar e Pastor Eurico. Para as eleições de 2018, o cenário não se mostra muito tranquilo para alguns nomes que figuram no partido e que certamente tentarão a reeleição.


O Pastor Eurico obteve mais de 200 mil votos, sendo o mais votado do PSB em 2014, mas já saiu do partido e hoje integra os quadros do PHS. Felipe Carreras também tem uma reeleição considerada sacramentada, assim como o ministro de Minas e Energia Fernando Filho e Danilo Cabral. Já os outros nomes estão mais para não lograrem êxito do que o inverso.

A começar por Gonzaga Patriota, ele talvez seja o que está em menor escala de risco, pois tem suas bases sólidas no sertão e obteve mais de cem mil votos em 2014. De todo modo, ninguém dá como certa sua reeleição. Os demais nomes vivem uma crise existencial muito grande, pois todos foram eleitos num sistema montado por Eduardo Campos naquele ano, e agora não detêm tanta força com os atuais comandantes da política estadual.

João Fernando Coutinho por exemplo obteve 120 mil votos em 2014, mas naquela época contava com a força de ser o primeiro-secretário da Alepe, na disputa do ano que vem, ele disputará com uma estrutura bastante enxuta, há quem diga que ele ficará bem abaixo dos cem mil votos, podendo inclusive sequer se reeleger.

Marinaldo Rosendo fez em 2014 uma das campanhas mais caras do estado, coisa de majoritário, as urnas já mostraram que ele foi enganado por muita gente, pois contava com mais de 200 mil votos e obteve apenas 97 mil. Como se não bastasse, os rumores são de que ele quebrou suas empresas para entrar na política e o investimento foi completamente perdido, pois sua atuação dependia exclusivamente do lastro político de Eduardo Campos. Há quem diga que Marinaldo não terá metade dos votos que alcançou em 2014 nas próximas eleições e muita gente o considera um ex-deputado em atividade.

Por fim, o caso mais emblemático. Tadeu Alencar chegou a ser o escolhido para suceder Eduardo Campos, acabou perdendo a indicação por conta do fogo amigo. Teve que se contentar com um mandato de federal, que apesar de ser de bastante qualidade, eleitoralmente ele está sendo considerado fragilizado. Se não houver um lastro financeiro do PSB lhe colocando como prioridade, suas chances de reeleição são praticamente nulas.

Além de terem dificuldades de reeleição, João Fernando, Gonzaga Patriota, Tadeu Alencar e Marinaldo Rosendo ainda terão que se deparar com a entrada de João Campos no páreo, que não só vai tirar votos deles como principalmente o apoio do PSB, uma vez que sua vitória é prioritária para o governador Paulo Câmara.

(Blog Edmar Lyra)

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