Foto: Lula Marques/ Agência PT
jamildo
A segunda parte da pesquisa de opinião do Instituto Uninassau questionou os eleitores pernambucanos sobre a crise econômica e o efeito sobre as eleições de 2018, no plano nacional e local.
Nada menos que 91% desaprova a gestão de Temer, em linha com as pesquisas nacionais divulgadas pelo CNI-Ibope, mas em um patamar ainda mais elevado.
A rejeição elevado ao cacique do PMDB ajuda a explicar as razões para os socialistas tentarem sempre manter distância do presidente.
A íntegra do levantamento será publicada na edição do Jornal do Commercio, nesta segunda-feira.
Quem mais odeia Temer?
As mulheres desaprovam o presidente Temer mais (92%) do que os homens (90%).
Pelo corte de renda, quanto mais rico mais desaprova. Para quem ganha acima de 5 salários mínimos a rejeição chega a 96% dos entrevistados.
Por grau de instrução, a desaprovação ocorre dos menos letrados para os mais letrados, simbolizando que a reforma da Previdência preocupa a classe média. É de 94% a reprovação entre as pessoas com nível superior. Entre as pessoas com apenas a terceira série fundamental a desaprovação cai para 88%, ainda elevada.
Pelo critério da idade, a desaprovação é maior no grupo de pessoas entre 35 a 44 anos.
Por região, os dados da pesquisa mostram que o sertão do São Francisco lidera a rejeição, com 96% dos entrevistados desaprovando o vice de Dilma que virou presidente. Antes desta região, aparece o Agreste, com um índice de 93%.
No Recife, a desaprovação atinge 88% dos entrevistados.
A situação econômica
A situação econômica pode ser citada como explicação para a elevada rejeição de Temer, neste momento.
o governo Federal ou o próprio presidente Temer são apontados, pelos entrevistados, como responsáveis pela crise econômica no Brasil.
Os entrevistadores da Uninassau perguntaram de quem era a culpa da crise no Brasil. A maior parte dos entrevistados (43,9%) afirmou que era Temer. Em segundo lugar, apareceu a resposta dos políticos, de um modo geral (para 23,8%).
Para outros 11,3% dos entrevistados, a culpa da crise no Brasil era dos governos ou governantes.
“(Depois do impeachment) a crise migrou para o colo de Temer”, diz o professor Adriano Oliveira, coordenador geral da pesquisa da Uninassau.
Amostra em todo o Estado
Para pesquisar as demandas de Pernambuco e o humor dos eleitores, o Instituto Nassau ouviu 2.014 pessoas (o padrão destes levantamentos de opinião é 1,5 mil pessoas), em todo o Estado de Pernambuco.
A amostra foi coletada no Recife, Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata, Agreste, Sertão e sertão do São Francisco.
A pesquisa foi realizada nos dias 23 e 24 de março
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