terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Estudante que provocou acidente na Tamarineira pode pegar até 70 anos de prisão



Embriagado, o jovem dirigia seu carro a 108Km/h quando colidiu com o carro em que estava a família e a babá. Três pessoas morreram


Rádio Jornal

Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem

O estudante João Victor Ribeiro Leal, de 25 anos, pode pegar até 70 anos de prisão pela responsabilidade do acidente que terminou com a morte de 3 pessoas no último dia 26 de novembro, no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife. Embriagado, o jovem dirigia o seu carro a 108Km/h quando colidiu com o veículo em que estava a família. A colisão resultou na morte da advogada Maria Emília Guimarães, do filho dela, com apenas 3 anos, e da babá Roseane Maria de Brito, que tinha 23 anos e estava grávida.

Responsável pelas investigações, o delegado Paulo Jean encaminhou o inquérito ao Ministério Público e indiciou o motorista por triplo homicídio doloso, pois ele assumiu o risco de matar ao beber e dirigir em alta velocidade, e lesão corporal dupla grave, já que o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, 46 anos, e a filha dele, Marcela, de 5 anos, permanecem internados.

Ainda de acordo com o delegado, João Victor não deve responder pelo aborto de Roseane, já que ele não sabia que a babá estava grávida e, por isso, não há tipificação na legislação para o caso.

"O depoimento dos amigos dele, que afirmaram que começou a beber por volta das 12h do domingo, entrando pela noite, e do médico que o atendeu na UPA foram essenciais para que fechássemos o inquérito em homicídio doloso", explicou o delegado. Paulo Jean também afirmou que o exame de drogas não foi feito pois o de alcoolemia já era suficiente. O Ministério Público de Pernambuco tem cinco dias para analisar o inquérito e dar prosseguimento a ação penal, além de pedir prorrogação da prisão do jovem.

Prisão

João Victor está preso preventivamente no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. A Justiça negou pedido inicial de seu advogado para que ele trocasse o presídio por uma clínica de tratamento para pessoas com dependência química. A família afirma que ele já foi internado duas vezes, em 2014 e 2016.

Amigo que prestou depoimento à polícia informou que eles beberam um litro de uísque em uma hora e Victor ficou passando mal, instantes antes do acidente, por volta das 19h30. Ele teria sido deixado pelos amigos dormindo no carro, com a chave na ignição para que o ar-condicionado ficasse ligado. Em alta velocidade, Victor avançou o sinal vermelho, no cruzamento da Avenida Rosa e Silva com Rua Cônego Barata, atingindo a lateral do carro da família Motta Silveira.

*Com informações do JC Online

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