domingo, 26 de maio de 2019

Policial militar mata esposa a tiros em academia de ginástica no Janga, em Paulista



Crime ocorreu na noite do sábado (25). PM foi preso em flagrante e, após audiência de custódia neste domingo (26), teve a prisão preventiva decretada.

Por G1 PE

Academia de ginástica onde crime foi cometido funciona no primeiro andar de uma galeria do bairro do Janga, em Paulista — Foto: Ana Regina/TV Globo

Um policial militar de 46 anos foi preso na noite do sábado (25) pelo feminicídio da esposa, de 42 anos. O crime ocorreu numa academia de ginástica na Avenida Cláudio Gueiros Leite, no bairro do Janga, em Paulista, no Grande Recife.

O estabelecimento estava aberto no momento do crime. Cleodenice Maria da Silva foi atingida por tiros e chegou a ser levada por alunos da academia a uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos.

"Ela era aluna da academia e estava fazendo um curso de treinadora de boxe. O marido dela também chegou a frequentar", afirma o dono do estabelecimento, Wobson Oliveira.

Segundo a Polícia Militar, o policial Nargel Nunes do Carmo se apresentou voluntariamente ao 1º Batalhão, em Olinda, e em seguida foi conduzido ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, onde foi preso em flagrante delito.

Neste domingo (26), o sargento passou por uma audiência de custódia, no Fórum da Comarca de Olinda. De acordo com o Tribunal de Justiça, Nargel Nunes do Carmo teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

Após a decisão do juiz José Saraiva, o acusado foi encaminhado ao Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.

Ainda de acordo com a PM, o policial também deve responder a um processo administrativo disciplinar da corporação.

Cleonice deixa dois filhos, um homem de 22 anos e uma adolescente de 13. O sepultamento da vítima ocorreu no município de Ribeirão, na Zona da Mata, na tarde deste domingo (26).

Violência contra a mulher

Pernambuco contabilizou três casos de feminicídios em abril, um a mais do que os dois casos registrados no mesmo período em 2018. De janeiro a abril de 2019, foram 16 feminicídios contabilizados em todo o estado. Esse tipo de crime ocorre quando a vítima é morta pelo fato de ser mulher.

Segundo a SDS, houve um aumento de denúncias de violência doméstica contra a mulher entre os meses de janeiro a abril de 2019. Somente no mês de abril, o aumento foi de 14,2%%, saindo de 3.018 para 3.447 casos.

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