quarta-feira, 26 de junho de 2019

Adolescente morta e torturada era agredida e ameaçada pela ex-namorada

A mãe da vítima passou mal durante o reconhecimento do corpo da filha, no Instituto de Medicina Legal (IML

O corpo da adolescente que foi brutalmente assassinada na praia de Maria Farinha, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, na manhã de ontem, está sendo velado no Cemitério de Santo Amaro, no Centro do Recife, nesta quarta-feira (26). A mãe da vítima passou mal durante o reconhecimento do corpo da filha, no Instituto de Medicina Legal (IML). Durante a manhã de hoje ela permaneceu em uma cadeira de rodas por não ter condições de andar, já que estava bastante abalada.

Sem querer gravar entrevista, ela apenas lamentou o que aconteceu dizendo que a filha foi vítima de uma crueldade. A família estava acompanhada do conselheiro tutelar Tales Peter, que já havia sido chamado pela mãe da garota após uma mudança de comportamento. "No ano passado nos procuraram porque ela não estava atendendo mais, saia e chegava tarde, passava um mês fora de casa. E por temer que pudesse acontecer algo com ela, a gente conversou, orientou e encaminhou para tratamento psicológico devido à situação que estava", comentou Peter. Apesar da orientação, ela resistiu a realizar tratamento com o psicólogo.

Segundo o conselheiro, a mãe não comentou sobre o relacionamento que ela mantinha com a garota, se queixando apenas do mal comportamento da filha. "A gente não tinha esse entendimento. Não sabíamos do relacionamento homoafetivo. Agora a Secretaria de Assistência Social está à disposição da família para a auxílio funeral e uma equipe do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), também vai dar suporte", afirmou. 

A adolescente já vinha sofrendo ameaças da ex-namorada. De acordo com o pai da vítima, que teve a identidade preservada, a filha demonstrava medo de se aproximar da adolescente após o término do namoro. A jovem morava com o pai, no bairro do Cordeiro, mas se mudou para o bairro dos Coelhos, inclusive fazendo a transferência da escola para não conviver com a suspeita. Durante o relacionamento, a adolescente chegou a fugir de casa por 20 dias e foi encontrada pelo pai.

Nenhum comentário: