segunda-feira, 17 de junho de 2019

Audiência pública proposta por Sivaldo discute duplicação da BR 423


por Arthur Cunha

 



A duplicação da BR 423, no trecho entre os municípios de São Caetano e Garanhuns, no Agreste do Estado, foi tema de audiência pública proposta pelo deputado estadual Sivaldo Albino. A reunião aconteceu nesta segunda (17), na Comissão de Administração da Alepe. Deputados estaduais, vereadores de cidades cortadas pela rodovia e técnicos de órgãos federais e estaduais vinculados ao projeto defenderam a união de esforços políticos para assegurar o início da intervenção, que começou a ser planejada ainda no ano de 2012.

Sivaldo Albino pontuou a relevância da obra como política de desenvolvimento regional. “É fundamental resgatar esse projeto antigo e discutir direcionamentos para garantir sua execução. É verdade que a intervenção requer um investimento alto do Governo Federal, mas o Governo do Estado está empenhado em destravar essa pauta no que lhe couber, e os parlamentares pernambucanos podem contribuir com o direcionamento de emendas”, afirmou.

De acordo com Cacildo Cavalcante, superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a estimativa é de que a intervenção – projeto de engenharia mais a obra em si – custe R$ 616 milhões e leve quatro anos para ser concluída. “A orientação é para que os recursos do Governo Federal sejam alocados na conclusão de empreendimentos já em andamento. Para a duplicação da BR-423, obra ainda a se iniciar, será fundamental o direcionamento de recursos obtidos por deputados e senadores, via emenda parlamentar”, alertou.

Segundo Cavalcante, para garantir celeridade na execução da obra, ela deverá ser dividida em dois lotes: o primeiro abarcará 41,8 quilômetros, entre São Caetano e Lajedo, e o segundo será formado pelos 36,9 quilômetros entre Lajedo e Garanhuns. O primeiro lote deve custar R$ 256 milhões, enquanto o valor estimado do segundo é de R$ 360 milhões. “Devido ao lapso temporal entre o projeto executivo, realizado em 2012, e o início efetivo das obras, será necessário rever pontos da programação inicial. Está em estudo um novo traçado do segundo trecho, mais complexo e acidentado. Para não atrasar o primeiro lote, em estágio mais avançado, dividir a obra é estratégico”, explicou.

Secretária estadual de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista informou que o Executivo estadual está empenhado em agilizar o processo de licenciamento, etapa que antecede a publicação de edital de licitação pelo Governo Federal. Segundo a gestora, a expectativa é de que o licenciamento do primeiro lote esteja concluído em, no máximo, quatro meses. “O Governo do Estado se coloca à disposição para concretizar essa obra, que é fundamental para o desenvolvimento regional e para a interiorização das políticas públicas”, observou.

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