quinta-feira, 20 de junho de 2019

Há 39 anos, o dia que Garanhuns explodiu

O DIA EM QUE GARANHUNS EXPLODIU: 39 ANOS DA TRAGÉDIA NO CENTRO DE GARANHUNS







Tudo começou às oito horas e trinta minutos de quinta-feira, dia 05 de junho de 1980, a barraca de vender  fogos pertencente  ao senhor Protásio  Gomes Azevedo, conhecido por Tarzinho, motivada  por um  curto  circuíto  na instalação  elétrica, explodiu e em menos    de dez segundos  também explodiu  a outra barraca  pertencente ao senhor  José Alves  da Silva  Filho, conhecido por José Barroso.
Ambas as barracas de vender fogos foram armadas sobre a marquise que serve de cobertura para o Bar "O Colunata".  A explosão provocou um deslocamento de ar num raio de ação de mais ou menos quinhentos metros, cujo impacto arrancou o teto de várias casas comerciais localizadas na Avenida Santo Antonio, quebrando as vidraças e portas de várias delas.
A mais atingida foi a Veneza Americana, pertencente ao senhor Silvio Apolinário que teve as portas arrancadas e as mercadorias totalmente danificadas.
O setor bancário também sofreu terríveis danos, sendo que o mais atingido foi o Banco do Brasil que teve o forro de gesso dos dois andares totalmente danificados, dando a impressão de que havia sido decorado para uma baile de São João.
O Cinema Jardim que ficava localizado na praça do mesmo nome, teve o forro da marquise e do salão de espera também destruído. A placa de cimento armado a ferro que cobre os boxes ficou parcialmente destruídos.
Na catástrofe morreram quatro pessoas e trinta e oito ficaram feridas. Esta foi a segunda maior catástrofe acontecida em Garanhuns. A primeira foi a Hecatombe de 1917, por questões políticas, tendo morrido na ocasião mais de dez pessoas. Nesta calcula-se uma prejuízo de aproximadamente cinquenta milhões de cruzeiros. O Prefeito Ivo Amaral ao ter conhecimento do lamentável acontecimento comunicou-se imediatamente com o Governador do Estado e todas as Secretarias de Governo. Meia hora depois do acidente a Avenida Santo Antônio ficou sob controle das autoridades que tomaram todas as providências necessárias ao socorro às vítimas para evitar incêndio nas casas comerciais e bancos.
É conveniente se ressaltar o trabalho desempenhado pelo 71º B.I. e 4º Companhia de Polícia que imediatamente enviaram seus soldados e num trabalho constante amenizaram o sofrimento de todas população.
Também prestaram inestimáveis socorros a Prefeitura desta cidade que por determinação de Ivo Amaral foram colocados em ação todos os engenheiros, trabalhadores, secretários e os veículos do município, a Câmara Municipal, a Rádio Difusora que num trabalho de esforço e profícuo tranquilizou a população, a Celpe que imediatamente procurou através de seus eletricistas, consertar a rede de energia, prefeitos da região que vieram se solidarizar com o colega chefe do executivo local e o povo em geral que num espírito de solidariedade não saiu da praça durante todo o dia.
Garanhuns viveu naquela quinta-feira, dia Corpus Christi, o mais terrível drama de sua história. A nossa população de cento e vinte mil almas ficou totalmente traumatizada.
Por volta das 13:30h chegou a esta cidade o Governador Marco Maciel, acompanhado dos Secretários José Tinoco, da Secretaria de Trabalho e Ação Social, Djalma Oliveira, da Secretária da Saúde e vários assessores do Governo.
Na ocasião e no local do sinistro o Governador Marco Maciel prometeu toda ajuda necessária as vítimas e aos que sofreram danos materiais.
(Reportagem do Professor e Jornalista José Rodrigues da Silva (saudosa memória), para o Jornal "O Monitor" em junho de 1980 - Foto: Avenida Santo Antônio após a explosão).
Fonte: Anchieta Gueiros

Um comentário:

Unknown disse...

meu pai era o vigilante que estava de serviço no dia hoje aposentado, Cicero Francisco de sousa