terça-feira, 20 de agosto de 2019

Entre janeiro e agosto, queimadas aumentaram 83% em relação a 2018

De 1º de janeiro a este domingo, foram registrados 71.497 focos — alta de 82% em relação ao mesmo período do ano passado —, segundo o Inpe

Por Reuters



Desmatamento: número de focos de queimadas já é o maior dos últimos sete anos (Ricardo Funari/Getty Images)

Brasília — O número de focos de queimadas no Brasil atingiu na última semana o recorde dos últimos sete anos, com 72.843 pontos registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entre janeiro deste ano e a última segunda-feira, um número 83% maior do que no mesmo período do ano passado.

O levantamento do Inpe, feito diariamente por satélite, mostra que apenas entre o domingo e a segunda-feira, apareceram 1.346 novos focos no país. Desde a última quinta-feira, são 9.507 novos pontos de queimada.

Imagens de Roraima mostram o Estado coberto por fumaça escura. O Estado do Amazonas decretou situação de emergência na região sul e na zona metropolitana de Manaus por causa das queimadas. E o Acre instituiu estado de alerta ambiental a partir da última sexta-feira.

Desde janeiro, Mato Grosso foi o Estado que mais acumulou focos de incêndio, com 13.682 pontos, um aumento de 87% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, os focos vêm aumentando no Pará e no Amazonas.

O primeiro registrou mais de 7 mil pontos de queimada neste mês de agosto e o segundo, 5,3 mil. Apenas nos últimos cinco dias apareceram 478 novos focos no Pará.

Dos 10 municípios com maior número de registros este mês, quatro são no Pará, inclusive os campeões, Altamira e São Félix do Xingu, e Novo Progresso, onde fazendeiros da região marcaram os dias 10 e 11 de agosto como o “dia do fogo”, em que iriam iniciar as queimadas.

Os dados do Inpe mostram, nesses dias, um aumento de 300% nos focos de incêncio em Novo Progresso e de 743% na região de Altamira.

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