quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Bivar rebate Bolsonaro: Não estamos em grêmio estudantil

Foto: PSL/Divulgação


Douglas Fernandes

Em entrevista, nesta quarta-feira (9), à jornalista Andréia Sadi Grupo Globo, o presidente nacional do PSL, deputado federal Luciano Bivar, rebateu as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que expôs a crise interna no partido e avaliou que o correligionário “já está afastado” da sigla.”Não disse para esquecer o partido? Está esquecido”, afirmou Bivar, ao ser questionado se Bolsonaro deixará a sigla e se conversaram sobre o tema. Para o dirigente, a manifestação do presidente foi “terminal”.

A jornalista, o presidente do PSL negou, contudo, que a motivação das declarações de Bolsonaro seja a administração do fundo partidário da legenda, R$ 359 milhões em 2020. “Falácia”, resumiu-se a dizer. Ele disse não saber o que passa na cabeça do presidente da República para expor esse atrito e que quer “paz”.

“Não estamos em grêmio estudantil. Ele pode levar tudo do partido, só não pode levar a dignidade, o sentimento liberal que temos e o compromisso com o combate à corrupção”, afirmou.

“Esquece o PSL”, diz Bolsonaro a Araújo (Foto: Reprodução)

O deputado pernambucano fez questão de ressaltar na entrevista que o PSL continuará apoiando as medidas do governo no Congresso e sinalizou um canal direto com os ministros da gestão, como Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública). O parlamentar solicitou, inclusive, uma audiência com Moro para reforçar que o partido estará “sempre com os ministros” na articulação e aprovação de propostas de interesse do governo. De acordo com ele, uma possível saída de Bolsonaro “não muda nada” na posição da legenda em relação às pautas econômicas e de combate à corrupção.

“O que pretendemos é viabilizar o país. Não vai alterar nada se Bolsonaro sair, seguiremos apoiando medidas fundamentais. A declaração de ontem foi terminal, ele disse que está afastado. Não estamos em grêmio estudantil. Ele pode levar tudo do partido, só não pode levar a dignidade, o sentimento liberal que temos e o compromisso com o combate à corrupção”, disse Bivar.

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