Bolsonaro anuncia saída do PSL e a criação de um novo partido

O anúncio da saída do presidente foi feito nesta terça-feira (12)

JC Online

Com informações do UOL

Bolsonaro irá para o partido 'Aliança pelo Brasil', que ainda será criado
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Na tarde desta terça-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro anunciou a saída do Partido Social Liberal (PSL). Bolsonaro vai criar o partido 'Aliança pelo Brasil'. O anúncio foi feito durante reunião no Palácio do Planalto.

Quem confirmou o anúncio da saída foram os deputados Daniel Silveira (PSL-RJ), Bia Kicis (PSL-DF), Carlos Jordy (PSL-RJ), Coronel Chrisóstomo (PSL-RO) e Leo Motta (PSL-SP), após saírem da reunião com o presidente.

Saída do PSL

Nessa segunda-feira (11), as revistas Época e Veja publicaram que o presidente Jair Bolsonaro tinha a intenção de deixar o atual partido. Ainda segundo as duas revistas, o anúncio de que deixaria o PSL e que iria criar um novo partido aconteceria nos próximos dias.

A decisão de Bolsonaro em sair do PSL aconteceu após avaliar, na semana passada, que se tornou inviável permanecer no partido que é comandado pelo deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE). A tensão entre os dois veio a público quando o presidente Jair Bolsonaro pediu para um apoiador recifense 'esquecer o PSL'. O momento foi captado por uma gravação postada no Youtube. Após o homem dizer para a câmera: "Eu, Bolsonaro e Bivar juntos por um novo Recife", o chefe do Executivo pediu para que o recifense não divulgasse a gravação. "Ó cara, não divulga isso, não. O cara Bivar está queimado para caramba lá. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido", disse Bolsonaro.

Após a fala de Bolsonaro, Luciano Bivar respondeu. "A fala dele foi terminal, ele já está afastado. Não disse para esquecer o partido? Está esquecido", declarou o deputado federal à jornalista Andrea Sadi, do portal G1. Segundo Bivar, nada mudará no PSL com a saída de Bolsonaro. "O que pretendemos é viabilizar o país. Não vai alterar nada se Bolsonaro sair, seguiremos apoiando medidas fundamentais. Não estamos em grêmio estudantil. Ele pode levar tudo do partido, só não pode levar a dignidade, o sentimento liberal que temos e o compromisso com o combate à corrupção", continuou.