quarta-feira, 24 de maio de 2017

Casal de torcedores do Santa Cruz é baleado e socorrido ao HGE em Maceió





Duas pessoas foram vítimas de uma tentativa de homicídio por arma de fogo no bairro da Jacarecica, parte baixa de Maceió, nessa terça-feira (23).  Uma guarnição da Força Tática I, que pertence ao 1º Batalhão esteve no local para a ocorrência.


Segundo informações do Centro Integrado de Operações da Segurança pública, as vítimas foram identificadas como Katiane da Silva Oliveira, 29 anos, atingida no abdômen e Alexsandro Pedro da Silva, 35 anos, atingido no braço.

Ainda de acordo com informações extraoficiais, os dois baleados seriam marido e mulher e torcedores do Santa Cruz. Os autores da tentativa seriam torcedores do CRB, que estavam em um Celta preto. 

O Ciosp informou que os homens e o veículo não  foram identificados e fugiram do local após o crime. As vítimas foram encaminhadas para o HGE (Hospital Geral do Estado) por familiares.

7 segundos

Pernambuco ganha mais um feriado

Feriado em Pernambuco no dia 6 de março é aprovado em primeira votação na Alepe




A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, em primeira votação nesta terça-feira (23), a proposta que transforma em feriado estadual o dia 6 de março, data em que foi deflagrada a Revolução Pernambucana de 1817. Apresentado pelos deputados Isaltino Nascimento (PSB) e Terezinha Nunes (PSDB), o Projeto de Lei segue para a segunda votação antes de ser encaminhado para a sanção do governador Paulo Câmara.

O texto retoma a proposta original de uma lei estadual de 2007, que definiu o dia 6 de março como Data Magna. Dois anos após a criação desse texto, em 2009, o dia que celebra a Revolução de 1817 havia sido transferido para o primeiro domingo do mês de março.

De acordo com os parlamentares responsáveis pela proposta, Pernambuco é o único estado do país em que a Data Magna não é feriado. Por isso, argumentam que a ocasião merece tal destaque devido à relevância do fato.


Fonte: G1

Irregularidades na Arena Pernambuco estão ligadas à superfaturamento do Mané Garrincha



De acordo com o MPF, participação da Odebrecht na construção em São Lourenço da Mata foi condicionada à vitória da Andrade Gutierrez na licitação de Brasília


Lucas Moraes

Outra operação deflagrada pela PF já havia apontado suspeitas em pagamentos feitos a políticos por conta da Arena Pernambuco
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


O esquema de superfaturamento e pagamento de propina para a reconstrução do antigo estádio Mané Garrincha, em Brasília, foi o fio condutor para o desenrolar de esquema semelhante na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata. Segundo informações do Ministério Público Federal (MPF), o depoimento de ex-diretores de empreiteiras em delação premiada confirma que a obra em Pernambuco foi concedida como "um favor" à Odebrecht por ter facilitado a "vitória" da Andrade Gutierrez na licitação em Brasília. O governador Paulo Câmara, o prefeito Geraldo Julio e o deputado Tadeu Alencar, todos do PSB, participaram do Comitê Gestor para construção da arena pernambucana, mas, em outra ocasião, já negaram o envolvimento em qualquer ato ilícito.

A informação do MPF é fruto da delação premiada firmada entre três diretores da Gutierrez e a Procuradoria-Geral da República (PGR). A versão apresentada foi confirmada por executivos da Odebrecht que também fecharam acordo de delação premiada e foram peças fundamentais para a deflagração da Operação Panatenaico, nesta terça-feira (23). Na ocasião, foram presos um assessor de Michel Temer e dois ex-governadores do Distrito Federal. A reconstrução do Mané Garrincha foi estimada inicialmente em R$ 690 milhões, mas acabou custando cerca de R$ 1,5 bilhão, o que fez que o estádio se tornasse o mais caro entre os 12 utilizados na Copa do Mundo de 2014.

A Odebrecht teria oferecido um valor maior para a reconstrução do estádio de Brasília, num acordo já firmado com a Andrade Gutierrez, que venceria a licitação apresentando um valor menor. A "perda da Odebrecht" foi então recompensada com a construção da Arena Pernambuco.

Outra operação deflagrada em 2015 pela Polícia Federal, a Fair Play, já havia apontado suspeitas em pagamentos feitos a políticos como Paulo Câmara, Geraldo Julio, Fernando Bezerra Coelho e Tadeu Alencar, todos do PSB, via doações oficiais da Odebrecht e da empresa Projetec, responsável pela auditoria da execução do contrato da Arena. No caso de Paulo Câmara, ele teria recebido R$ 200 mil da Odebrecht para sua campanha a governador em 2014. Fernando Bezerra teria recebido R$ 50 mil da Odebrecht e R$ 50 mil da Projetec. Tadeu Alencar, R$ 30 mil de cada uma.

Dentre as hipóteses consideradas na investigação estavam a restrição à competitividade da licitação, o pagamento de propina via doações oficiais e até eventuais crimes contra o sistema financeiro relacionados ao financiamento do BNDES. Há suspeitas de superfaturamento de ao menos R$ 42 milhões nas obras da Arena de Pernambuco, baseado em perícia encomendada pela PF, e do favorecimento à Odebrecht pelo comitê gestor.

Esquema nas arenas

O MPF confirmou que três diretores da Andrade Gutierrez afirmaram que, desde 2008, já estava acertado o repasse de 1% do valor total da obra em Brasília para os agentes políticos. Os pagamentos foram viabilizados por meio de doações de campanha – formais e por meio de caixa 2, além da simulação de contratos de prestação de serviços. Pessoas ligadas aos agentes políticos eram os responsáveis por fazer as cobranças junto às empreiteiras e também por operacionalizar os repasses dos valores. Os relatos revelaram dezenas de pagamentos de propina que, em valores preliminares, somam mais de R$ 15 milhões.

A suspeita é de que o mesmo modos operandi fosse replicado nos demais estádios. No caso de Pernambuco, o MPF não confirmou o pagamento de agentes políticos. Em novembro do ano passado, conforme informações publicadas neste Jornal do Commercio, o governador de Pernambuco, o prefeito do Recife e o deputado Tadeu Alencar passaram a ser alvos de um inquérito sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF) por conta de irregularidades na Arena Pernambuco. À época, todos negaram envolvimento.

Nota do Governo de Pernambuco

Pouco depois da publicação desta matéria, a assessoria do Governo de Pernambuco entrou em contato com o JC para enviar uma nota de esclarecimento. Leia abaixo:


"O Governo de Pernambuco não participa e nem participou de nenhuma formação de cartel entre empreiteiras para a Copa de 2014. Se existiu qualquer tipo de cartel, as investigações vão mostrar que partiu das empresas. Assim, não há nenhuma razão para relacionar a Arena de Pernambuco com as denúncias de superfaturamento do Estádio Nacional Mané Garrincha.

Também não existe nenhuma justificativa para a reiterada tentativa de vincular os nomes do governador Paulo Câmara, do prefeito Geraldo Julio e do deputado federal Tadeu Alencar a qualquer insinuação de irregularidade. Isso se caracteriza como leviandade diante de todas as explicações que já foram dadas.

A licitação para a construção da Arena, ocorrida em 2009, observou todos os requisitos, prazos e exigências da Lei de Concessões e da Lei das Parcerias Público-Privadas, que preveem a possibilidade de o autor do projeto participar da licitação, não decorrendo desse fato qualquer irregularidade, fraude ou frustração do caráter competitivo da disputa.

A Arena Pernambuco foi entregue em junho de 2013 e custou R$ 479.000.000,00 (base maio de 2009), tendo apenas 75% da sua construção sido financiada pelo BNDES e sendo a mais barata entre as arenas construídas no Brasil, levando em conta a capacidade instalada. O restante do valor do contrato deveria ser pago durante a exploração do Estádio (contraprestação para a operação da Arena);

Não houve superfaturamento. O percentual do terreno da Cidade da Copa foi validado pela Fundação Getúlio Vargas, não tendo sido questionado pelo Tribunal de Contas da União e do Estado. O terreno não foi entregue à Concessionária, continuando no patrimônio do Estado de Pernambuco;

Considerando que as receitas estimadas não se confirmaram, o contrato de concessão foi rescindido, tendo os parâmetros utilizados na rescisão sido aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado, por meio de formalização de Termo de Ajuste de Gestão (TAG).

Importante destacar que o contrato de concessão foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), na decisão de número 0101011/2011, tendo sido igualmente analisado, sem objeções, pelo Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e BNDES.

A gestão do governador Paulo Câmara vem adotando todas as providências para que esse patrimônio de Pernambuco seja utilizado de maneira sustentável e contribua para o crescimento do nosso Estado. O rompimento do contrato com a Odebrecht foi feito de maneira vantajosa para o poder público e juridicamente segura, o que permitiu seu uso intensivo e de grande participação popular.

Governo do Estado de Pernambuco"

Prefeito solicita segurança para Itaquitinga

O Prefeito Geovani Oliveira de Itaquitinga, preocupado com a crescente onda de violência que atinge não somente seu município, mais todo Pernambuco, encaminhou ofício ao Secretário de Defesa Social Ângelo Gioia, ofício, no qual solicita destacamento de Polícia para o povoado de Chã de Sapé, bem como reforço de aparelhagem e efetivo na cidade.
-Solicitamos ao Secretário Estadual de Defesa Social a implantação do Destacamento de Polícia no Povoado de CHÃ DE SAPÉ e ainda o reforço geral no Policiamento da cidade. Lembramos que POLICIAMENTO é responsabilidade do Governo do Estado e não dá PREFEITURA, mas mesmo assim estamos dispostos a ajudar no que for preciso para melhorar este serviço. Vamos ter uma audiência com o próprio Secretario de Defesa Social nos próximos dias. O que quero deixar registrado aqui é que temos total responsabilidade para com nossa comunidade e estamos sempre buscando parcerias para que haja mais segurança. Em breve vamos anunciar novidades nessa área. Frisou o prefeito.

Líderes de Temer e de 17 partidos pedem anulação da delação da JBS



Proposta de fiscalização e controle é assinada pelos líderes do governo na Câmara e no Congresso,além de líderes de 17 partidos, inclusive do PT, PDT e PSB

Por: Folhapress 


Líderes do governo de Michel Temer e de 17 partidos políticos apresentaram nesta terça-feira (23), na Mesa da Câmara dos Deputados, proposta que tem o objetivo de criar uma pressão a favor da anulação da delação firmada pelo empresário Joesley Batista e por outros executivos da JBS com a Procuradoria-Geral da República.

"Não podemos permitir que tal 'crime perfeito' se concretize. (...) Há que se rever a colaboração premiada negociada junto à Procuradoria-Geral da República e homologada pelo Supremo Tribunal Federal, além das bases do acordo de leniência ainda em andamento", diz o documento.

A proposta de fiscalização e controle é assinada pelos líderes do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e no Congresso, André Moura (PSC-SE), além de líderes de 17 partidos, do governo e da oposição, que reúnem 448 dos 513 deputados (87% do total).

Na oposição, assinaram a proposta os líderes do PT, Carlos Zarattini (SP), do PDT, Weverton Rocha (MA), e do PSB, Tereza Cristina (MS).

A proposta pede que a Câmara realize o ato de fiscalização com o Tribunal de Contas da União e, se necessário, com outros órgãos, como Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Ministério da Transparência e AGU (Advocacia-Geral da União).

Em sua delação, os executivos da JBS afirmam ter pago propina a 1.829 políticos, do governo e da oposição, em um total de quase R$ 600 milhões. As suspeitas atingiram em cheio o presidente Michel Temer, que desde então viu seu cargo ficar sob ameaça.

A proposta, encaminhada pela Mesa para a Comissão de Finanças e Tributação, recorre à mesma expressão que Temer usou ao atacar Joesley em seu segundo pronunciamento sobre a crise, a de que o empresário teria cometido o "crime perfeito".

A afirmação diz respeito à compra de dólares pelo grupo do empresário antes de a delação vir à tona - a moeda norte-americana teve um salto de 8% -, operação já investigada pela CVM, além de benefícios dados aos empresários na negociação, como a permissão para deixarem o país.

"Mesmo após confessarem o pagamento de propinas pagas durante anos a fio, para diversos políticos, funcionários públicos e partidos (...) os delatores foram beneficiados com o perdão judicial, sem qualquer condenação ou pena privativa de liberdade, e com a possibilidade de seguirem tocando seus negócios criminosos. Mais: saíram com seus respectivos passaportes, o que os possibilita usufruir de suas fortunas em qualquer parte do mundo", diz o ofício.

Os detalhes da investigação pedida pelos partidos serão definidos no relatório que será votado pela comissão da Câmara. Segundo a área técnica da Casa, a comissão pode sugerir aos órgãos do Executivo medidas a serem tomadas, além de acionar o TCU, órgão de auxílio ao Congresso Nacional.

Eles dizem, porém, que o efeito é mais político do que prático, já que a delação da JBS foi homologada pela mais alta corte do Poder Judiciário.

Além das siglas de oposição, assinam a proposta líderes das bancadas do PMDB, PSDB, DEM, PR, PTB, PP, PRB, PV, Podemos, PEN, PT do B, PSD, PSL e PHS.

No ano passado, o Congresso tentou sem sucesso aprovar uma anistia aos alvos da Lava Jato em meio às notícias sobre a delação da Odebrecht, que também atingiu em cheio o mundo político.


Governador diz que vai adotar a técnica, bateu, levou

Foto: José Cruz/ Agência Brasil

jamildo
A fala do presidente do PTB dizendo que Paulo Câmara era o pior governador da história de Pernambuco foi a gota dágua. O governo Paulo Câmara não vai deixar mais critica sem resposta, mesmo frisando que não pretende antecipar 2018.

“Não vamos deixar nada sem resposta. Não vamos antecipar 2018. Mas não vamos deixar mentiras sem resposta”, conta um aliado do governador.

Nesta segunda-feira, a oposição fez uma verdadeira blitz para atacar o socialista. Primeiro, foi a nota assinada pelo senador Armando Monteiro. Depois, a bancada de oposição na Alepe. Por fim, as críticas do presidente do PTB.

José Humberto Cavalcanti, deputado estadual, havia sido escalado para rebater Sileno Guedes, que por sua vez havia sido escalado para desancar Armando Monteiro.

“É verdade que o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio estão no centro do noticiário. Infelizmente, o principal assunto que hoje se associa a eles é a corrupção. Antes das recentes denúncias envolvendo propina da JBS, a dupla já era investigada até pelo Supremo Tribunal Federal, dentro da Operação Fair Play, braço local da Lava Jato, que apura irregularidades na construção da Arena Pernambuco”, escreveu.

Nesta segunda-feira, no Palácio, o governador Paulo Câmara já havia reagido com indignação e chamou de insinuações a delação do executivo da empresa JBS Ricardo Saud.

“Quero dizer que estou indignado, mas não vou baixar a cabeça. Eu tenho o compromisso de trabalhar por Pernambuco e vou continuar trabalhando. Sou servidor público. Vivo do meu salário e só tenho dois patrimônios: a minha família e meu nome. E ninguém vai manchá-los”, declarou Paulo Câmara, durante cerimônia no Palácio do Campo das Princesas.

“Quero também aproveitar essa oportunidade de estarmos aqui hoje, numa plateia tão qualificada, com tanta gente, tantos amigos e amigas que estou vendo aqui para, também, dar uma explicação. Na verdade, dar uma satisfação. Dizer o que é preciso ser dito a cada pernambucana e a cada pernambucano diante dos fatos que a gente tem ouvido falar desde a última sexta-feira. A minha campanha eleitoral de 2014 não recebeu recursos da empresa JBS. Quero dizer isso porque nem minha campanha, nem o PSB estadual recebeu nenhum centavo desta empresa. As doações que a JBS fez foram ao PSB nacional, que registrou. Está tudo registrado nas doações do PSB nacional”, discursou Paulo Câmara.

“Essa própria pessoa que está fazendo a delação foi muito textual ao dizer que a doação ao PSB nacional ocorreu sem nenhuma contrapartida e sem nenhum benefício”.

O governador Paulo Câmara disse ainda que, na Petição 7.003, do Ministério Público Federal, assinada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que trata da delação premiada da JBS, não há menção ao nome dele, nem do prefeito Geraldo Julio e nem do ex-governador Eduardo Campos.

A petição foi acolhida pelo relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Homicídio agora há pouco em Lajedo

JOVEM ASSASSINADO A TIROS DENTRO DE BAR EM LAJEDO


Um homicídio foi registrado na noite de hoje (23.05.17) em Lajedo.

De acordo com as primeiras informações, a vítima um jovem identificado como LUCIANO ALVES, aparentando entre 18 e 21 anos, que residia  em Lajedo, foi assassinado a tiros quando trabalhava  na cozinha do bar Chalé do Agreste, nas proximidades do Povoado Olho D'água dos Pombos, Zona Rural de Lajedo.

Populares relataram que os assassinos,  após praticarem o crime saíram a pé do estabelecimento em seguida tomaram destino ignorado utilizando uma moto que haviam deixado próximo a uma porteira, nas imediações.

A Policia Militar  foi acionada e dirigiu-se ao local, onde fez o isolamento da área e aguarda a chegada da Policia Civil, para realizar o levantamento cadavérico e posteriormente encaminhar o corpo ao IML de Caruaru.

Até o presente momento, não se tem informação sobre a motivação ou autoria do crime

Fernando é "convidado" a deixar o PSB


O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, aconselhou, hoje, o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, a deixar o partido diante da sua decisão de permanecer no cargo. Em reunião no último fim de semana, a executiva nacional do PSB decidiu romper com o Governo Temer.

Ao ministro, Siqueira afirmou que sua carta de desligamento do partido seria o caminho mais sensato e que se assim agisse não sofreria nenhum tipo de retaliação. Como deputado federal, Fernando Filho está na lista dos 14 colegas de bancada acionados no Conselho de Ética por infidelidade partidária.

Desperdício: 2 mil mochilas escolares do governo são encontradas em lixo




TV Jornal/ Com informações da repórter Clarissa Siqueira


Reprodução/TV Jornal

Mais de 2 mil mochilas, idênticas as que são doadas aos estudantes da rede pública de Pernambuco, foram jogadas em uma área de reciclagem de lixo, na Comunidade Entra Apulso, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. De acordo com os moradores da região, por volta das 11h desta terça-feira (23), um carroceiro depositou o material em um contêiner e depois foi embora.

Dentro das mochilas também foram encontrados lápis, borrachas, lapiseiras e réguas. Todos novos. Algumas bolsas ainda estavam embaladas em sacos plásticos. Próximo à área em que o material foi deixado, há uma escola estadual. As mães dos alunos estão revoltadas. "O dinheiro da gente está indo para o lixo", disse a dona de casa, Maria da Conceição de Lira.



Resposta

Em nota, a Secretaria de Educação do Estado não confirmou que os materiais pertencem ao órgão e informou que está apurando o caso. "Toda distribuição de material sai do galpão diretamente para as escolas. Assim, a apuração será feita, primeiramente, junto às escolas próximas a onde o material foi encontrado para que possamos identificar o que de fato ocorreu e tomar as providências cabíveis", disse.

Amigos de Aécio temem seu suicídio




    


A reportagem da FOLHA conversou com amigos e familiares do senador afastado Aécio Neves e percebeu um sentimento de temor em relação a depressão causada por conta dos efeitos colaterais da delação da Friboi.

Aécio Neves foi do céu ao inferno em muito pouco tempo. Após quase ganhar a ex-presidente Dilma no segundo turno, ele se transformou em um herói nacional. Era aplaudido de pé em todo restaurante que entrava. Nas redes sociais era apontado como a melhor resposta ao projeto de poder do PT. No entanto, diversas delações colhidas na Operação Lava Jato passaram a o apontar como corrupto e na última semana foi afastado do cargo de senador da república, manchando assim toda a história que seu avô Tancredo Neves escreveu no processo de redemocratização brasileira.

Para avaliar a maneira como Aécio está reagindo a este caos a FOLHA conversou com fontes muito próximas ao senador afastado. Conversamos com um primo, um amigo muito próximo e um colega de partido atualmente com mandato de deputado federal. Todos os entrevistados só aceitaram falar sob o manto do anonimato. As três fontes estão extremamente preocupadas com o estado emocional de Aécio. O temor em relação a um suicídio é evidente na fala de dois entrevistados.

Veja o que disseram os três entrevistados:

O AMIGO

“Conheço Aécio há mais de 30 anos. Posso falar com toda certeza que este é o momento mais triste de sua vida. Nem a morte de seu avô doeu tanto nele. É como se ele estivesse assistindo ao seu próprio velório. Ele havia se preparado para em janeiro de 2015 tomar posse como presidente. Isso estava certo na cabeça dele. Desde que o resultado da eleição foi anunciado ele já começou a entrar nesta depressão. Na delação da Odebrecht ele acreditava que ainda poderia sair ileso. Com o vazamento da conversa dele com o dono da Friboi ele passou a ter certeza que o fim estaria próximo. Ele chegou a me dizer que não teria estrutura emocional para uma eventual prisão. Disse que era melhor dar um fim nisso. Este “fim” me preocupa muito. Nem tive coragem de perguntar que “fim” seria”.

O PRIMO

A prisão da irmã acabou com o emocional dele. Ele está se sentindo culpado e ferido. A Polícia Federal deu o golpe mais duro que ele poderia receber. Acho que nem a prisão dele doeria tanto quanto doeu ver nos jornais a foto da Andrea com uniforme de presidiária e a expressão tão sofrida. Ele está sangrando por dentro. Sabe que não pode fazer nada por ela nem por ele mesmo. A cada nova revelação ele se afunda mais. Estamos mantendo sempre alguém da família perto dele pra ele não cometer uma besteira. Deus nos livre!”

O DEPUTADO

Estou seriamente preocupado com o Aécio. Ele está desistindo dele. Quem o vê pessoalmente com a barba por fazer e o cabelo despenteado não o reconhece. Ele está hoje como um condenado no corredor da morte. Estamos tentando o reanimar mas está difícil. Pior é que muita gente da vida pública está deletando foto com ele das redes sociais e o bloqueando. Este é o momento em que vemos quem é amigo de verdade. Esta lição está sendo muito dolorida pra ele que achava que era querido por tantos. Espero que ele suporte esta dor”.

Fonte: afolhabrasil.com.br

Supremo condena deputado Paulo Maluf por lavagem de dinheiro



Primeira Turma entendeu que parlamentar tentou ocultar verba desviada de obras quando era prefeito de São Paulo.

Por Mariana Oliveira, TV Globo, Brasília

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta terça-feira (23), por 4 votos a 1, o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) pelo crime de lavagem de dinheiro. Os ministros decidiram fixar a pena em 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado.


Durante o julgamento, os ministros decidiram que o regime fechado é incompatível com o exercício do mandato de deputado federal e, com isso, a Mesa da Câmara será notificada para que declare a perda da função.


A Câmara só será notificada da decisão após publicação no "Diário de Justiça Eletrônico". O prazo para publicação é de 60 dias. Depois de publicada a decisão, a defesa ainda poderá entrar com recursos no Supremo para questionar determinados pontos da decisão.


Além da pena, a Primeira Turma estipulou multa de 248 dias-multa, sendo cada dia-multa fixado em cinco salários mínimos vigentes à época dos fatos (2006), além de ter imposto uma punição de pagamento de três vezes o valor da multa.


Segundo o tribunal, o valor seria "ineficaz" diante do patrimônio de R$ 39 milhões que Maluf tem. Com isso, foi determinada multa de aproximadamente R$ 1,302 milhão em valores a serem atualizados.


A Primeira Turma também declarou a perda dos bens objeto de lavagem de dinheiro.


Entenda o caso

Maluf é acusado de usar contas no exteior para lavar dinheiro desviado da Prefeitura de São Paulo quando foi prefeito da capital, entre 1993 e 1996.


O julgamento foi iniciado na Primeira Turma do STF em 9 de maio e interrompido após o voto do relator, ministro Luiz Edson Fachin, pela condenação.


De acordo com a denúncia, uma das fontes do dinheiro desviado ao exterior por Maluf seria da obra de construção da Avenida Água Espraiada, autal Avenida Jornalista Roberto Marinho.


Maluf foi acusado de usar contas bancárias em nome de empresas offshores (firmas usadas para investimentos no exterior) para enviar dinheiro desviado e reutlizar parte do dinheiro da compra de ações de empresas da família dele, a Eucatex. Segundo o MPF, mais de R$ 172 milhões foram aportados na empresa por meio desse esquema.


Ao votar em 9 de maio, o ministro Fachin informou que, das cinco acusações de lavagem de dinheiro, quatro prescreveram em razão do tempo decorrido das acusações e da idade do deputado - prazos de prescrição para pessoa acima de 70 anos caem pela metade. Maluf tem 85 anos.


Em relação a um dos crimes de lavagem, no valor de US$ 15 milhões, Fachin considerou que houve crime permanente, ou seja, que ele foi praticado continuamente entre os anos de 1998 a 2006.


Fachin afirmou que há provas da materialidade e autoria do crime permanente, que ocorreu durante todo o tempo em que o dinheiro estava sendo escondido no exterior.


Além desse caso, Paulo Maluf responde a outras três ações penais no Supremo. Em uma delas, é acusado do crime de corrupção passiva por conta dos desvios da mesma obra pela qual foi condenado, e outra por crimes financeiros. Na terceira ação, Paulo Maluf é acusado de falsidade ideológica eleitoral.


Mendonça​ e Fernando Filho avisam ao presidente que nao pretendem largar o osso

Fernando Filho e Mendonça Filho dizem ao presidente que não pretendem deixar o governo

Inaldo Sampaio



Os ministros pernambucanos Fernando Filho (Minas e Energia) e Mendonça Filho (Educação) comunicaram ao presidente Michel Temer, neste final de semana, que não pretendem abandonar o governo, tal como fez Roberto Freire (ex-Cultura) na semana passada.


Mendonça tem o apoio do presidente nacional do seu partido, senador José Agripino (RN), que é a favor de que dê ao presidente da República o mais “amplo direito de defesa” no caso das gravações feitas pelo empresário goiano Joesley Batista.

Já Fernando Filho disse que não pretende deixar o cargo apesar de o seu partido (PSB) ter decidido, sábado passado, defender a saída do atual presidente e a realização de “diretas já”.

O presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, pediu pessoalmente ao ministro que deixasse o governo, ressalvando, porém, que se ele resolvesse ficar, o faria em “nome pessoal”.

Sábado agora, (20), Fernando Filho e Mendonça Filho participaram do almoço, no Palácio da Alvorada, que o presidente Temer ofereceu a políticos da base aliada, sinalizando concretamente que não pretendem abandonar o barco.

Em nota divulgada hoje (22) nas redes sociais, o diretório nacional do PSB admitiu a hipótese de expulsar Fernando Filho dos seus quadros por ter votado a favor das reformas trabalhista e previdenciária, contrariando decisão do partido.

“As deliberações da Comissão Executiva não podem ser, em hipótese alguma, disputadas ou relativizadas por qualquer dos integrantes do partido, dado o cenário em que ocorreram e a unanimidade de que foram objeto”, diz a nota.

“A sanção, que eventualmente se venha a aplicar, terá por fundamento não apenas a infringência de disposições partidárias, mas a insensibilidade política para com as urgências dos segmentos populares”, acrescenta a nota do PSB.

Irmã de Aécio diz ‘que toda a culpa é do irmão’ e senador pode ser preso pelo o STF a qualquer momento



    




Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) foi presa preventivamente em razão da delação de executivos do frigorífico JBS e agora pede para o Supremo Tribunal Federal (STF) revogar a sua prisão. A defesa de Andrea quer que a prisão preventiva seja convertida em medidas alternativas. Marcelo Leonardo, advogado de Andrea Neves, alega que a cliente não tem participação nos supostos crimes e atribui a responsabilidade ao irmão dela, Aécio.

“O pedido do PGR (procruador-geral da República, Rodrigo Janot), e a decisão agravada (do ministro do STF, Edson Fachin), em verdade, apontam razões que, se existentes, poderiam ser aplicadas para a pessoa física do senador Aécio Neves, nunca para sua irmã Andrea, residente na região de Belo Horizonte e sem qualquer ação política pessoal”, argumentou o advogado.

Em outro trecho do documento apresentado pela defesa de Andrea, o advogado cita que “a jurisprudência dos Tribunais Superiores rejeita a tentativa de justificar prisão preventiva de uma pessoa com fundamentos aplicáveis a outra, por violação do princípio pessoalidade da responsabilidade penal, do qual decorre a imperiosa necessidade de individualização da fundamentação da prisão preventiva”.

Como destaca o jornal O Globo, o ministro do STF Edson Fachin autorizou na última quinta-feira, uma operação deflagrada pela Polícia Federal que prendeu várias pessoas, entre elas Andreia.

Aécio Neves não foi preso mas também é um dos citados na delação de Joesley Batista. Em uma gravação feita pelo empresário da JBS, Aécio aparece pedindo R$ 2 milhões ao dono da empresa, sob a justificativa de que precisava da quantia para pagar despesas com sua defesa na Lava Jato.

A investigação indica que Andrea teria sido a responsável pela primeira abordagem ao empresário Joesley Batista, por telefone e via WhatsApp. No entanto, a defesa da irmã de Aécio afirma que ela nunca participou de questões financeiras das campanhas de Aécio, como arrecadação de recursos.

“O único e isolado episódio que teve participação de Andrea Neves foi a sua conversa com o delator premiadíssimo Joesley, pessoa que até então ela não conhecia, como reconhecido pelo mesmo, quando lhe fez a solicitação de ajuda para custeio de despesas lícitas, mediante a oferta do imóvel de sua mãe, que foi recusada pelo delator premiadíssimo Joesley, que preferiu conversar, diretamente, com o senador Aécio Neves, cujo encontro foi marcado, com conhecimento de Andrea, a qual não teve mais nenhuma participação nos fatos, tendo cessado sua intervenção neste ponto”, diz trecho do pedido da defesa de Andrea.

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‘Qual partido não recebe?’, diz Bolsonaro sobre recebimento de propina do PP

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr


Camila Souza

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) participou, na manhã desta terça-feira (23), de um debate na rádio Jovem Pan, em que esclareceu sobre os R$ 200 mil que ele teria recebido do grupo JBS durante sua campanha de 2014. Na “Consulta aos Doadores e Fornecedores de Campanha de Candidatos” no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dados consta o pagamento da quantia na conta do deputado e que teria encaminhado o dinheiro como doação ao seu partido, que na época era o PP.

Durante a entrevista Bolsonaro deixou claro que apesar de não ser sua intenção, que o dinheiro não foi devolvido à Friboi, mas sim ao seu partido. “Começaram as eleições de 2014. Me liga o presidente do meu partido [Ciro Nogueira, na época] e diz que vai botar R$ 300 mil na minha conta. Disse que tudo bem, mas que colocasse R$ 200 mil na minha conta e R$ 100 mil na do meu filho. Quando vi o nome da Friboi, perguntei se queriam extornar. Falei que ia para a Câmara dos Deputados, ia jogar R$ 200 mil e dizer que é dinheiro do povo, porque foi dinheiro que pegaram do PT para se coligar com o meu partido”, disse.

O deputado do Rio de Janeiro alegou ainda que o dinheiro que entrou em sua conta foi do fundo partidário e que devolveu o dinheiro da Friboi. “A Friboi não colocou nada na minha conta, foi o partido”, explicou.

O dinheiro, sabidamente, veio do grupo JBS, pivô da atual crise política no Governo, mas o deputado insistiu que devolveu os R$ 200 mil ao partido e que outro valor igual foi depositado em sua conta,  porém vindo do fundo partidário. “Eu aceito do fundo partidário. Dinheiro foi para outro deputado, porque o carimbo tinha que estar embaixo no papel”.

Bolsonaro concordou quando foi questionado se o partido cometeu uma ilegalidade ao repassar dinheiro da JBS para sua campanha e disse: “você queria que fizesse o que naquela época?”.

Ele admitiu ainda que o PP recebeu propina da JBS, mas tentou ponderar: “partido recebeu propina sim, mas qual partido não recebe propina?”.

“Eu sabia que era dinheiro da Friboi. Disse que não queria o dinheiro (…) Meu partido tem R$ 5 milhões por mês de fundo partidário e me passam R$ 200 mil. Acha que estou na pedalada? Por que você não me responde o que Alberto Youssef falou na delação? Que dois deputados do PP não pegaram dinheiro da Petrobras. Um fui eu. Queria que eu fizesse o que? Teve mais também, na ação do Mensalão, teve o caso de Joaquim Barbosa. Ele leu seu voto e leu meu nome, disse que fui único da base aliada que não fui comprado pelo PT. Isso não conta?”, justificou-se.

Apesar de consentir com a ilegalidade cometida pelo partido a qual era filiado, Bolsonaro pediu, em tom forte, que não fosse “rotulado de corrupto”.

*Com informações do site Jovem Pan

Pai de primo de Aécio se revolta com senador: “Ele não honra a memória do pai e do avô”

A informação foi confirmada à Agência Pública pelo próprio pai de Frederico Pacheco de Medeiros: “[Meu filho] fez aquilo de boa fé. Fiquei com um sentimento de revolta muito grande com o Aécio”

POR CONGRESSO EM FOCO

Agência Brasil


Falta a Aécio “qualidade moral e intelectual para o exercício do cargo que disputou de presidente da República”, diz pai do primo de Aécio


 

Por Lucas Ferraz, da Agência Pública

“Aécio: Meu filho Frederico Pacheco de Medeiros está preso por causa de sua lealdade a você, seu primo. Ele tem um ótimo caráter, ao contrário de você, que acaba de demonstrar não ter, usando uma expressão de seu avô Tancredo Neves, o ‘mínimo de cerimônia com os escrúpulos’.

Vejo agora, Aécio, que você não faz jus à memória de seu saudoso pai, o deputado Aécio Cunha. Falta-lhe, Aécio, qualidade moral e intelectual para o exercício do cargo que disputou de presidente da República. Para o bem do Brasil, sua carreira política está encerrada”, diz texto assinado por Lauro Pacheco de Medeiros Filho, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Circulou nas redes sociais, neste domingo (21), um texto atribuído ao desembargador aposentado Lauro Pacheco de Medeiros Filho com fortes críticas ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Nele, o pai do advogado Frederico Medeiros, preso na semana passada por buscar parte da propina acertada pelo primo com o dono da JBS, desabafa: falta a Aécio “qualidade moral e intelectual para o exercício do cargo que disputou de presidente da República”. O Truco – projeto de checagem de dados da Agência Pública – verificou a postagem e constatou que o texto é verdadeiro.

A informação foi confirmada à Pública pelo próprio Lauro. “[Meu filho] fez aquilo de boa fé. Fiquei com um sentimento de revolta muito grande com o Aécio. Sempre fui um admirador dele, mas a decepção é grande, com aquela imagem de bom moço…”, afirmou.

Advogado e empresário, Frederico é filho do primeiro casamento de Lauro com uma das sobrinhas de Risoleta Neves, avó de Aécio que foi casada com Tancredo Neves por quase 50 anos. Lauro foi nomeado procurador-geral da Justiça em Minas Gerais quando o tio torto Tancredo assumiu o governo do Estado, em 1983. Mais tarde, Frederico também faria parte do governo do primo, entre 2003 e 2010, atuando em órgãos como a Cemig, além de ter sido um dos coordenadores de sua campanha presidencial em 2014.

“Aécio não honra a memória do avô e do pai, Aécio Cunha, que era um político honestíssimo”, afirma Lauro Pacheco, que tem 78 anos e vive em Belo Horizonte. Ele foi visitar o filho na Penitenciária Nelson Hungria, onde Frederico está preso – junto com o assessor parlamentar e cunhado do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza Lima – desde a quarta-feira da semana passada. “Ele está bem, numa cela isolada.” Sobre as especulações de que o filho poderia fazer uma delação premiada, Lauro nega. “Ele jamais faria uma delação. Ele não sabe de nada, o Fred caiu numa enrascada”, disse.

Foto reprodução


Frederico Medeiros foi pelo menos duas vezes à sede da JBS, em São Paulo, para buscar parte da propina acertada entre o primo, Aécio Neves, e o dono da JBS, Joesley Batista. O diálogo sobre o acerto com o agora senador afastado foi gravado por Joesley. “Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”, disse o empresário, sobre a entrega de R$ 2 milhões para o senador. Aécio respondeu: “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu, porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”.

Ao buscar parte da propina, Frederico revelou preocupação, segundo as interceptações realizadas com a autorização da Justiça: “Outro dia estava pensando. Acordei à meia-noite e meia, o que estou fazendo? O que tenho com isso? Eu não trabalho para o Aécio, eu não sou funcionário público, sou empresário. Trabalho para sobreviver”, disse o primo para Ricardo Saud, diretor de relações institucionais da J&F. O primo de Aécio deixa claro que estava cometendo uma ilegalidade. “Eu tenho com o Aécio um compromisso de lealdade que o que precisar eu tenho de fazer. Eu falei, olha onde eu tô me metendo”, disse, para o diretor da J&F.

Sobre a situação do filho, preso numa “enroscada”, segundo ele, provocada pela deslealdade de Aécio, Lauro Pacheco de Medeiros Filho concluiu: “É uma pena”.