sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Enquadrado vice de Bolsonaro evita falar mais asneiras

Enquadrado por Bolsonaro, Mourão evita imprensa


A assessoria do candidato a vice chegou a anunciar que, após a palestra, ele concederia entrevista. O general, no entanto, recuou


Estadão Conteúdo



Vice de Bolsonaro, General Mourão, evita falar com imprensa
Fotos: Exército Brasileiro e Agência Brasil

Um dia após o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) determinar ao candidato a vice na chapa, Hamilton Mourão (PRTB), que reduzisse suas atividades eleitorais, o general da reserva evitou a imprensa nesta quinta-feira (20), durante o debate promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em São Paulo.


Pouco antes do evento, jornalistas foram informados de que a equipe de Mourão não queria que a imprensa participasse. A presença dos repórteres não foi impedida, mas apenas perguntas por escrito e previamente selecionadas foram aceitas.

Mais cedo, em Catanduva, a 385 quilômetros da capital, fechando o terceiro dia de seu giro de campanha no interior paulista, Mourão falou a um grupo de cerca de 300 pessoas em um clube privado. Pelo segundo dia seguido, também evitou a imprensa. Cercado por forte esquema de segurança, entrou e saiu do clube pelos fundos, sem contato com jornalistas. Ao Estado, a assessoria do candidato a vice chegou a anunciar que, após a palestra, ele concederia entrevista. Mourão, no entanto, recuou.

Após uma hora no evento, acompanhado pelo aliado Levy Fidelix (PRTB), Mourão deixou o local para acompanhar, em carro fechado, protegido por vidros escuros, a carreata até o centro da cidade, por 30 minutos. Na Praça da República, com uma concentração de cerca de 50 pessoas, fez breve saudação a militantes, e deixou a cidade.

Economia

Além do candidato a vice, Bolsonaro enquadrou o economista Paulo Guedes, conselheiro na área econômica da campanha do PSL, que falou em criar imposto nos moldes da extinta CPMF. Já Mourão defendeu uma Constituição elaborada por não eleitos, além da ideia de que filhos criados por mães e avós, sem a presença do pai, correm mais risco de entrar para o tráfico. Com a determinação de Bolsonaro, a campanha pretende tentar estancar o desgaste provocado por declarações polêmicas dos dois aliados.

O perfil de Bolsonaro no Twitter precisou reiterar o compromisso com a redução da carga tributária.

Após ter sido esfaqueado em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro segue internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Com o candidato no hospital, os dois aliados do presidenciável ganharam protagonismo na campanha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Paulo não cumpriu mais de 70% das promessas, segundo levantamento




Um dos principais temas das eleições deste ano para o Governo do Estado são as promessas realizadas em 2014, quando Paulo Câmara (PSB) chegou ao governo, após disputa com Armando Monteiro (PTB). Armando tem trazido o tema para a propaganda no rádio e na TV e apontado o que Paulo deixou de entregar, como os quatro novos hospitais, seis UPAs e bilhete único. O atual governador atribui o não cumprimento à crise que o país enfrentou, a partir de 2015.


De acordo com um levantamento feito pelo portal G1, das organizações Globo, para checar o índice de cumprimento da atual gestão. De acordo com os dados disponibilizados pelo portal, Paulo não cumpriu mais de 70% das promessas realizadas em 2014. O atual governador fez 39 promessas nas eleições de 2014 e cumpriu apenas 11, ou seja 28,2% do total. Já o paraibano Ricardo Coutinho, também filiado ao PSB e reeleito há quatro anos, prometeu 66 itens, cumprindo 31 deles, chegando a 46,9%.


Entre os gestores que tentam a reeleição, o que mais honrou os compromissos foi Rui Costa (PT), da Bahia. Na campanha passada ele fez 115 promessas e cumpriu 54, atingindo o patamar de 46%. Também filiado ao PT, Camilo Santana, do Ceará, foi o que menos prometeu, com 20 compromissos. Cumpriu 8 deles, 40%. Outro que tenta a reeleição é Renan Filho (MDB) de Alagoas. Ele fez 21 promessas, cumprindo 9 delas, ou seja 42%. O sistema de promessas do G1 acompanha todos os governadores do país e é atualizado a cada seis meses.


Daqui a pouco tem Debate na TV Aparecida

TV Aparecida promove debate com candidatos à presidência

A TV Aparecida promove nesta quinta-feira (20) um debate com os candidatos à presidência da República. Será o primeiro confronto com a participação de Fernando Haddad (PT).

Estão confirmados os candidatos Alvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB).

Como a própria emissora adiantou, o convite só é obrigatório aos candidatos dos partidos com representação no Congresso Nacional.

O debate terá confronto direto entre os candidatos, com tema livre

Em Olinda, Antônio Campos e Marília Arraes fazem campanha juntos

Douglas Fernandes

O advogado e candidato a deputado estadual Antônio Campos (Podemos), irmão do ex-governador Eduardo Campos, fez campanha nesta quinta-feira (20), no bairro de Peixinhos, em Olinda, ao lado da prima e vereadora Marília Arraes (PT), que concorre a uma cadeira na Câmara Federal. Os dois políticos caminharam pelas ruas do bairro, conversando com a população e divulgando as suas propostas. No final, gravaram uma live para as redes sociais.

Enquanto o advogado integra a coligação encabeçada pelo senador Armando Monteiro Neto (PTB), a vereadora se mantém neutra na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas apesar do PT estar no palanque do governador Paulo Câmara (PSB). No plano nacional, Antônio Campos pede votos para o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) e Marília Arraes pede votos para o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). Os dois, contudo, estão fazendo uma dobradinha nestas eleições.

O irmão de Eduardo Campos já havia fechado uma dobradinha com o deputado federal Marinaldo Rosendo (PP), que tenta a reeleição, em Olinda e mais duas cidades do interior. No acordo, Campos ficou livre para fazer dobradinhas com outros postulantes, a exemplo de Marília. Apesar do seu partido integrar a coligação de Paulo Câmara, Rosendo apoia Armando Monteiro.

Em Olinda, comandada pelo prefeito Professor Lupércio (Solidariedade), Campos tem como concorrente a esposa do prefeito, Cláudia de Lupércio (Solidariedade), que também tenta uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe). Lupércio e Campos disputaram a prefeitura da cidade nas eleições de 2016, com atual gestor levando a melhor no segundo turno.

TSE nega pedido de Bolsonaro para suspender propaganda que o associa a emoji de vômito

 

Campanha do PSL alegou que vídeo de Geraldo Alckmin 'atentaria contra a imagem do deputado e criaria artificialmente estados mentais, emocionais ou passionais no eleitor'

Rafael Moraes Moura - O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou nesta quinta-feira, 20, um pedido formulado pelo candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018Jair Bolsonaro, para suspender a veiculação no YouTube de uma peça publicitária da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) que associa a imagem de Bolsonaro a emojis de vômito.

A defesa de Bolsonaro e de sua coligação, "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", alegava que o vídeo viola o Código Eleitoral, já que atentaria contra a imagem do deputado federal e criaria artificialmente estados mentais, emocionais ou passionais no eleitor.

Jair Bolsonaro (PSL) aparece com emojis de vômito na campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) Foto: Reprodução/Campanha de Geraldo Alckmin

Em 2 de setembro, o relator do caso, ministro Carlos Horbach, já tinha negado, em decisão monocrática (individual), o pedido de Bolsonaro, sob a alegação de que a peça publicitária "nada mais é do que uma crítica forte e ácida, expressa não em palavras, mas por meio de sinais gráficos, típicos da linguagem digital amplamente empregada por grande parcela do eleitorado".

Na manhã desta quinta-feira, o caso foi levado à apreciação do plenário do TSE, que seguiu o entendimento de Horbach. Durante a sessão, o relator afirmou que o recurso das faces estilizadas vomitando é "extremamente banal e não se enquadra nas vedações da Lei das Eleições".

O ministro Alexandre de Moraes concordou. "Eleição sem criação de estados emocionais nem os cardeais conseguem isso para eleger o Papa", avaliou.

Candidato sofre infarto e morre em teste físico da PM



Rapaz de 31 anos sofreu parada cardíaca durante uma das etapas do teste




Segundo familiares, Leonardo nunca reclamou de problema físicosReprodução/Facebook


Na última quarta-feira (19), um candidato faleceu ao realizar Teste de Aptidão Física (TAF), necessário para ingressar na Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Leonardo da Silva Oliveira, 31 anos, sofreu uma parada cardíaca nos momentos finais do teste de corrida. O homem ainda foi levado para hospital Santa Marta, que fica em Taguatinga-DF, mas não resistiu e morreu.

Segundo familiares, o rapaz nunca reclamou de problemas de saúde, frequentava academia, pulava de paraquedas e praticava esportes. Ele tinha passado por prova escrita e estava realizando a penúltima etapa do exame físico, onde já tinha passado por teste de barra física e flexão abdominal; a última etapa seria uma prova de natação de 50 metros, que é realizada alguns dias depois. A mãe do candidato, que estava presente na realização da prova, avaliou o teste como “desumano”. 

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Na etapa da corrida, os candidatos devem percorrer 2 quilômetros e 400 metros, em 12 minutos. A prova é a última do dia e só quem a disputa são os candidatos que passaram pelos testes anteriores. Para participar da etapa é necessário autorização médica específica. 

A Polícia Militar anunciou que emitirá nota oficial sobre o caso posteriormente. A Banca Examinadora do Instituto Americano de Desenvolvimento (IADES) comunicou que ainda não tem posicionamento sobre o caso

Receita apreendeu R$ 7,5 mi em mercadoria ilegal no Recife



Só em ICMS, R$ 1,6 milhão deixou de ser recolhido para Pernambuco


JC Online


Cerca de 40 estabelecimentos foram fiscalizados
Foto: Filipe Jordão/JC Imagem

A Receita Federal divulgou nesta quinta-feira (20) o balanço da Operação Oriente, que fiscalizou estabelecimento comerciais no Bairro de São José, Centro do Recife. De acordo com o órgão, R$ 7,5 milhões em mercadoria sem recolhimento de impostos foram apreendidas. Quarenta estabelecimentos comerciais foram inspecionados.


O prejuízo em recolhimento de impostos oriundo dessas mercadorias é milionário. Só em ICMS, R$ 1,6 milhão deixou de ser recolhido para Pernambuco. Em importos Federais, esse número chega a R$ 1,8 milhão. Nesta quinta, dez estabelecimentos de Caruaru serão inspecionados.

A Oriente mirou operações de contrabando, descaminho, frade ou ausência de notas fiscais, além de existência de empresas laranjas e de fachada

Datafolha: Monteiro cresce e chega a empate técnico com Câmara por governo de PE



Candidato do PTB subiu seis pontos percentuais desde o levantamento anterior

POR O GLOBO

Armando Monteiro (PTB) e Paulo Câmara (PSB) estão na frente da disputa para governo de PernambucoREPRODUÇÃO/FACEBOOK

RIO — A pesquisa Datafolha para o governo de Pernambuco mostra que Paulo Câmara (PSB) segue à frente da disputa numericamente, com 35%. Ele oscilou um ponto para cima desde a levantamento anterior, de 4 a 6 de setembro, e viu sua vantagem ser diminuída pelo crescimento de Armando Monteiro (PTB). O segundo colocado avançou seis pontos percentuais, de 25% para 31%, e agora empata tecnicamente com o líder, considerada a margem de erro de três pontos.

Câmara e Monteiro aparecem isolados na parte de cima da disputa pernambucana. Depois deles, segundo o Datafolha, vêm Julio Lossio (Rede), com 3% das intenções de voto, e Ana Patrícia Alves (PCO), com 2%, mesmo número de Maurício Rands (Pros). Dani Portela (PSOL) e Simone Fontana (PSTU) têm 1%. Os brancos e nulos, que eram 26%, passaram a 19%. Os que não souberam responder continuaram estimados em 6%.

A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi realizada entre 18 e 19 de setembro com 1.232 eleitores de 50 municípios de Pernambuco e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o registro PE-09351/2018. O nível de confiança é de 95%.

Na modalidade espontânea, em que o eleitor é solicitado a indicar seu candidato sem ter apresentadas as opções, Câmara lidera com 19%. Monteiro tem 13% e outros, 10%. Neste caso, os brancos e nulos são 19% e 39% não sabem responder.

Simone Fontana é a candidata com maior taxa de rejeição, 33%. Ela é seguida por Dani Portela, 32%, e Paulo Câmara, com 31%. Armando Monteiro obteve 23% de eleitores que relataram não votar nele de jeito nenhum.

No segundo turno, segundo o Datafolha, Paulo Câmara bate Armando Monteiro por 42% a 39%. Tecnicamente, porém, os dois estão empatados. Os brancos e nulos são 15%, e 4% não sabem responder.

Tia é morta a facadas pelo sobrinho em São José da Coroa Grande


TV Jornal


Reprodução/TV Jornal

Um adolescente de 15 anos é apreendido suspeito de matar a própria tia em São José da Coroa Grande, no Litoral Sul de Pernambuco. A mulher, identificada como Tatiane Maria dos Santos, foi morta a facadas dentro da própria casa. O adolescente, no entanto, foi encontrado em uma pousada no município.

Confessou o crime

De acordo com a polícia, o jovem confessou ter praticado o crime e ainda disse são saber onde jogou a faca usado para cometer o homicídio. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Palmares, na Zona da Mata Sul do Estado

Garanhuns faz adesivaço pró Haddad




Quando Adriano Tenório, Hélder Carvalho, Betinho Cândido e outros jovens empresários de Garanhuns decidiram promover um ato a favor da campanha de Haddad na cidade, o candidato do PT a presidente ainda estava começando sua ascensão nas pesquisas eleitorais.

O crescimento do petista foi fulminante e até um adversário, o tucano Geraldo Alckmin, reconheceu hoje numa entrevista que o ex-ministro da educação de Lula já está no segundo turno.

É nesse clima de animação e esperança, com Fernando Haddad com 19% na pesquisa do IBOPE,  divulgada ontem à noite, na TV Globo, que o garanhuenses vão às ruas, no próximo sábado, ás 10h, com concentração na Praça do Relógio de Flores.

O ato foi intitulado de “Adesivaço Lula é Haddad” e democraticamente todos estão convidados a participar.

Garanhuns que deu vitórias expressivas a Lula e a Dilma em 2002, 2006, 2010 e 2014 vai mais uma vez mostrar que é uma cidade politizada, progressista e civilizada.

“Homens e mulheres de Garanhuns querem a volta do estado de bem estar social, gasolina e gás de cozinha mais baratos, emprego e o povo brasileiro voltando a ser feliz”, defende Adriano Tenório, um dos organizadores do movimento.

Roberto Almeida

Datafolha: Jarbas segue na liderança com 36%; Mendonça e Humberto crescem

O emedebista caiu 2%, mas segue isolado na corrida para o Senado, enquanto o candidato do DEM volta a assumir a segunda colocação

Por: Diario de Pernambuco

Foto: Arte/DP

Nesta quinta-feira (20), o Datafolha divulgou a nova pesquisa com os percentuais de intenção de voto para o Senado em Pernambuco. Com uma pequena reviravolta, Mendonça Filho (DEM) retorna à segunda posição nas pesquisas, passando Humberto Costa (PT) numericamente. A intenção de voto do petista estava em 28% e foi para 30%, mas não superou a desenvoltura de Mendonça, que pulou de 27% para 31%. Considerando a margem de erro, o candidato do DEM e do PT continuam tecnicamente empatados. 

Ambos, ainda estão atrás de Jarbas Vasconcelos (MDB), líder em todas as pequisas, apesar do medebista ter perdido 2% em relação ao último levantamento (do Datafolha) para o atual - antes tinha 38% e agora tem 36%.

Abaixo de Humberto, estão Bruno Araújo (PSDB) com 12%, Silvio Costa (Avante) com 11%, Pastor Jairinho (Rede) com 6%, Adriana Rocha (Rede) com 3%, Hélio Cabral (PSTU) e Lídia Brunes (PROS) com 2%, e Albanise Pires e Eugênia Lima (ambas do PSOL) com 1%. 

O candidato do PCO Alex Lima Rola também pontuou com 1%, mas as candidaturas do partido no estado foram indeferidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) porque o partido não apresentou o CNPJ do diretório estadual até a data limite para o julgamento dos registros de candidatos.

A pesquisa, encomendada pela TV Globo e pela Folha de S. Paulo, possui margem de erro de três pontos para mais ou para menos e consultou 1.232 eleitores de 50 municípios do estado entre os dias 18 e 19 de setembro.

Paulo e Armando aparecem empatados em nova pesquisa

O candidato do PSB soma 35% das intenções de voto, enquanto o petebista registra 31%. Com a margem de erro de três pontos percentuais, os dois estão empatados

Por: Diario de Pernambuco

Foto: Arte/DP

O Datafolha divulgou no início da madrugada desta quinta-feira (20) as intenções de voto para o governo do estado. Paulo Câmara (PSB) e Armando Monteiro (PTB) estão empatados dentro da margem de erro com 35% e 31%, respectivamente. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Bem atrás, aparece Júlio Lóssio (Rede), com 3%. Mauricio Rands (PROS) e Ana Patrícia Alves (PCO) registram 2%. Simone Fontana (PSTU) e Dani Portela (PSOL) somaram 1% cada. Brancos e nulos caracterizam 19% e não indecisos somam 6%.

1.232 eleitores foram entrevistados, de 50 municípios de Pernambuco. A pesquisa foi encomendada pelo jornal Folha de São Paulo e pela TV Globo. 

Pernambuco abraça e Haddad já é o preferido do eleitorado

Candidato há apenas uma semana, ex-ministro quase triplica intenções de voto e vai a 26% entre pernambucanos

Da Redação

Brasil de Fato | Recife (PE)

No início de setembro Haddad conheceu Dona Marina Maria de Jesus, que costurou as primeiras roupas de Lula. / Ricardo Stuckert

Na pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (18) o candidato Fernando Haddad (PT) já aparece em primeiro lugar na preferência do eleitorado pernambucano. O ex-ministro da Educação do governo Lula já tem 26% das intenções de votos no estado, liderando isolado. O ex-ministro da Educação do governo Lula é candidato há apenas  uma semana, visto que só na última terça-feira (11) ele foi escolhido por Lula (PT) para substituir o ex-presidente na disputa pelo Planalto.


Haddad mais que dobrou suas intenções de voto em comparação à última pesquisa Ibope com recorte estadual. Divulgada no dia 5 de setembro, quando o petista ainda não era candidato, o levantamento mostrava que o ex-ministro já possuía 10% da preferência do eleitorado.

O levantamento divulgado nesta terça-feira (18) foi realizado em 56 municípios de Pernambuco, entrevistando 1.204 eleitores nos dias 14, 15 e 16 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TSE com o número 01251/2018.

No mesmo intervalo de duas semanas o deputado Jair Bolsonaro (PSL) subiu de 12% para 17% e aparece em segundo lugar. Já Ciro Gomes (PDT) oscilou dentro da margem de erro, variando de 13% para 12%. Marina Siva (Rede), que no 1º turno de 2014 obteve 48,5% dos votos em Pernambuco, é a que sofreu a maior perda, saindo de 15% para 8%. Geraldo Alckmin (PSDB) também oscilou dentro da margem de erro, de 6% para 5%, se mantendo próximo aos 5,9% que seu colega de partido Aécio Neves obteve junto aos pernambucanos no 1º turno de 2014.

A pesquisa também mostra que os votos brancos e nulos caíram de 27% (em 5 de Setembro) para 17%, enquanto os que não sabem ainda responder se mantiveram em 10%.

Henrique Meirelles (MDB) oscilou de 1% para 2%, enquanto Álvaro Dias (Podemos), João Goulart Filho (PPL), Cabo Daciolo (Patriota) e João Amoedo (Novo) mantiveram o mesmo 1% de duas semanas atrás. Vera Lúcia (PSTU) oscilou de 1% para 0%, Guilherme Boulos (PSOL) seguiu com 0% e José Maria Eymael (DC) sequer foi citado.

Haddad em Pernambuco

Petistas estão construindo a vinda de Haddad a Pernambuco ainda esta semana. A agenda ainda não está sendo divulgada, mas a expectativa é de que o candidato do PT participe, no Recife, de caminhada na manhã do sábado (22), no centro da cidade. À tarde Haddad estará em Caruaru e, no domingo (23), o ex-ministro participa de caminhada entre Juazeiro (da Bahia) e Petrolina.

Diferente da passagem do petista no início do mês, desta vez são esperados os candidatos e militância de todos os partidos que compõem a Frente Popular em Pernambuco, inclusive os que foram contra a aliança do PT com o PSB no estado. O governador Paulo Camara (PSB) também deve estar presente.

O ex-ministro já veio ao estado no início de setembro, ainda na condição de porta-voz e vice de Lula. Na ocasião, passou apenas em Garanhuns, onde gravou para o programa eleitoral de TV e participou de caminhada da coligação Frente Popular, com o governador Paulo Camara (PSB), o senador Humberto Costa (PT) e alguns candidatos a deputados. Muitos petistas se ausentaram na ocasião por não concordar com a presença do governador Paulo Camara.

Edição: Monyse Ravena

Após desgaste, Bolsonaro enquadra Mourão e Guedes



Candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018 determina que general, seu companheiro de chapa, e conselheiro na área econômica reduzam suas atividades eleitorais

Tânia Monteiro e Leonencio Nossa - O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O candidato do PSL ao Planalto nas eleições 2018Jair Bolsonaro, determinou que o vice na chapa, general Hamilton Mourão (PRTB), e o conselheiro na área econômica, Paulo Guedes, reduzam suas atividades eleitorais. A campanha quer estancar o desgaste provocado por declarações polêmicas dos dois aliados. Nesta quarta-feira, 19, o perfil de Bolsonaro no Twitter teve de reiterar o compromisso com a redução da carga tributária após notícia de que Guedes estuda como proposta para eventual governo a criação de um imposto nos moldes da antiga CPMF, o que põe em xeque o discurso da campanha.

Declarações e a movimentação eleitoral do candidato a vice também constrangeram Bolsonaro e a cúpula da campanha nos últimos dias. Do quarto do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde se recupera do atentado a faca que sofreu, Bolsonaro acompanhou pelo noticiário Mourão defender uma Constituição elaborada por não eleitos e a ideia de que filhos criados por mães e avós, sem a presença do pai, correm mais risco de entrar para o tráfico.

Paulo Guedes é apontado por Bolsonaro como seu eventual ministro da economia  Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Ao visitar Bolsonaro no hospital, nesta terça-feira, 18, o general da reserva ouviu uma determinação. O presidenciável pediu que o vice suspendesse a agenda de viagens. O candidato ao Planalto avaliou que a campanha entrou num momento decisivo e que não podia correr mais riscos, segundo relataram à reportagem integrantes da equipe. 

O general da reserva encurtou uma viagem ao interior de São Paulo, que iria até esta sexta-feira, 21, e cancelou um evento, no domingo, 23, em Porto Alegre. Ele ficará em sua casa no Rio para uma “reavaliação de discurso”, informou um assessor. Mourão pretende, ainda segundo a assessoria, descansar depois de 15 dias de viagens e eventos.

Somente no fim da manhã desta quarta-feira o vice deu uma palestra na Faculdade de Direito de Bauru (SP), concedeu entrevista em uma estação local de TV e almoçou com um grupo de cerca de 40 empresários da região, líderes políticos e assessores.

Na campanha do PSL, a crítica recorrente é que, após a internação de Bolsonaro, Mourão foi para a “linha de frente” sem experiência política. O general da reserva, segundo um interlocutor da equipe, assumiu uma agenda de cabeça de chapa sendo candidato a vice. A avaliação interna é de que Mourão pôs em risco o favoritismo de Bolsonaro. 

O general de reserva Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), faz campanha pelo interior paulistaFoto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

‘Lema’

Já a movimentação de Guedes obrigou uma reação de Bolsonaro. “Nossa equipe econômica trabalha para redução de carga tributária, desburocratização e desregulamentações. Chega de impostos é o nosso lema! Somos e faremos diferente”, escreveu ele no Twitter.

As declarações de Bolsonaro foram feitas depois de o jornal Folha de S.Paulo afirmar que o economista citou a uma plateia restrita pontos do que seria sua política tributária, com a criação de um imposto nos moldes da CPMF e a unificação da alíquota do Imposto de Renda.

Guedes disse nesta quarta-feira ao site BR18 que estuda duas propostas que passam pela unificação de tributos nos âmbitos federal e da Previdência que incidiriam sobre todas as transações financeiras, de forma semelhante à CPMF. “O sistema atual é muito complexo, destrói milhões de empregos e impede a criação de postos de trabalho”, afirmou o economista.

À noite, Bolsonaro voltou ao tema na rede social. “Ignorem essas notícias mal-intencionadas dizendo que pretendemos recriar a CPMF. Não procede. Querem criar pânico. Ninguém aguenta mais impostos, temos consciência disso”, escreveu. 

A proposta deu munição para os adversários do candidato. Na propaganda de TV que irá ao ar a partir desta quinta-feira, 20, Geraldo Alckmin (PSDB) vai explorar o tema e o que chama de “contradições” do rival.

Conselheiro de Bolsonaro, o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, disse nesta quarta-feira que participou de reunião fechada da campanha na terça-feira na qual não se falou em CPMF. “Estão criando coisa.” 

Guedes já foi anunciado por Bolsonaro como ministro da Fazenda em eventual governo. Segundo um integrante da campanha, o economista surpreendeu por não combinar com o presidenciável uma manifestação de impacto imediato no mercado. 

Bolsonaro já declarou que Guedes é seu “Posto Ipiranga”, mas que nunca deu a ele “carta branca”. O candidato disse também que falta ao economista traquejo político. “Aprendo com ele e ele aprende comigo”, afirmou ao Estado em maio.

Questionado nesta quarta-feira, Mourão disse que “criar um imposto seria dar um tiro no pé”, mas que isso deve ser decidido por Guedes e Bolsonaro. O general da reserva negou crise na campanha. “Isso é uma tentativa de criar uma divisão que não existe. Estamos coesos.” À noite, em São José do Rio Preto (SP), Mourão, cercado de seguranças, afirmou que a polêmica da CPMF “não afeta a campanha”. / COLABORARAM VERA ROSA, PABLO PEREIRA e JOSÉ MARIA TOMAZELA

Economista de Bolsonaro quer reduzir IR dos ricos e aumentar o dos pobres



Paulo Guedes propõe aumentar para 20% a alíquota de quem ganha até R$ 3.938 e reduzir a dos mais ricos para o mesmo percentual


por Redação RBA


EDUARDO ANIZELLI/FOLHAPRESS


Candidato do PSL não cita o tema em seu programa de governo, mas o economista de sua campanha falou a empresários


São Paulo – O economista Paulo Guedes, provável ministro da Fazenda em caso de vitória do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), anunciou ontem (18) proposta para aumentar a alíquota do Imposto de Renda (IR) para os mais pobres e reduzir a alíquota dos que ganham mais, criando uma taxa única de 20% para todas as pessoas físicas ou jurídicas. Além disso, seria eliminada a contribuição patronal para a Previdência Social, aplicada sobre a folha de salarial, e que atualmente tem a mesma alíquota de 20%.

Na prática, considerando o sistema atual, seriam extintas as alíquotas de 7,5%, para quem ganha de R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65, e de 15% para quem ganha entre R$ 2.826,66 e R$ 3.751,05. Todos passariam a ter 20% de seus salários brutos descontados mensalmente. Da mesma forma, quem ganha salários maiores – e que tem descontado 27,5% a título de imposto de renda – teria a alíquota do imposto reduzida para 20%, inclusive as empresas. Guedes também falou em criar um novo imposto sobre movimentações financeiras, nos moldes da extinta CPMF. Ele apresentou a proposta em encontro de empresários organizado pela GPS Investimentos, especialista em gestão de grandes fortunas. As informações são da coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

Guedes não explicou se manteria a atual faixa de isenção do imposto, para quem ganha ate R$ 1903,99. Considerando que o assessor econômico de Bolsonaro defebdeu que os 20% seriam para todas as pessoas, um trabalhador que hoje recebe um salário mínimo, atualmente em R$ 954, teria de recolher R$ 190,80 para o governo federal.

Para o diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Cândido Grzybowski, a proposta vai prejudicar a população de baixa renda em benefício dos mais ricos. “É totalmente injusto. Ela devia ser maior para quem ganha mais. A sociedade não tem o mesmo padrão de renda e está longe de estar próximo. Cobrar a mesma alíquota é penalizar os mais pobres. Como já ocorre com o ICMS, que o ricaço paga o mesmo imposto, na compra de um feijão, por exemplo, que o cara que ganha Bolsa Família”, afirmou.

A proposta não consta do Programa de Governo de Bolsonaro. No documento constam apenas a redução massiva de impostos e, de certa forma, o fim do atual regime de previdência pública, com migração para um sistema de capitalização. Também está presente, de forma superficial, a simplificação dos impostos, aliada a programas não especificados de “desburocratização e privatização”.

O programa de governo do candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, vai à direção oposta. Propõe um reajuste na tabela do Imposto de Renda, com isenção para aqueles que ganham até cinco salários mínimos (R$ 4.770,00), com consequente aumento para os chamados super ricos, que pouco ou nada pagam hoje. A proposta fala sobre a retomada da cobrança de impostos sobre lucros e dividendos, extinta durante o governo FHC, e também prevê a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).

Ciro Gomes, candidato pelo PDT, propõe a simplificação dos impostos , com a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que unifica outros tributos. O texto prevê ainda a redução do Imposto de Renda das empresas, com consequente diminuição dos impostos relacionados ao consumo, como PIS/Cofins e ICMS. Por fim, o retorno da taxação de lucros e dividendos e o aumento da cobrança de tributos sobre heranças e doações.

O candidato tucano Geraldo Alckmin é um dos que menos fala sobre reforma tributária. Nada diz sobre a necessidade de uma maior justiça fiscal, apenas aponta para a simplificação da arrecadação. “Simplificar o sistema tributário pela substituição de cinco impostos e contribuições por um único tributo: o Imposto sobre Valor Agregado (IVA)”, afirma o texto.